A empresa Bacamaso Elétrica S.A., do ramo de geração de energia elétrica, contratou a empresa B3P engenharia S.A. para a construção de 2 parques eó...

A empresa Bacamaso Elétrica S.A., do ramo de geração de energia elétrica, contratou a empresa B3P engenharia S.A. para a construção de 2 parques eólicos: P4 e P5 no complexo Greenwich, através do contrato “Engineering, Procurement and Construction Agreement”. Ocorre que houve divergência entre as partes no tocante ao preço global do contrato, pois a fornecedora estrangeira de aerogeradores, anteriormente contratada, afetada pela crise global, não iria proceder à entrega dos equipamentos. Isso ocasionou a necessidade de contratação de um fornecedor nacional, o que culminou no aumento do preço e atraso na entrega. Apesar das tentativas de repactuação contratual e da mediação nº 00/16, o possível acordo restou frustrado. A B3P requereu a instauração do procedimento arbitral 00/16, suspenso pelo presente procedimento de mediação (00/17). Ainda, a B3P ajuizou ação judicial, pleiteando pedido de tutela de urgência para suspender a multa contratual pelo atraso da entrega do parque eólico P4. Após conseguir a decisão judicial favorável, requereu novo procedimento arbitral, nº 00/17. Nesta ocasião, a B3P também requereu a reunião dos procedimentos arbitrais 00/16 e 00/17. A Bacamaso manifestou-se contrária, alegando que por previsão contratual, deveria haver tentativa de mediação anterior ao pedido de instauração de procedimento arbitral. Importante ressaltar que a B3P já foi parceira da empresa Bacamaso em outros projetos, tendo executado os parques P1, P2 e P3, no mesmo complexo. Até então, a relação entre ambas as empresas sempre foi exitosa e pacífica. A equipe 305, que apresentou o melhor plano de mediação, como procuradores das empresas, sugeriram a suspensão dos procedimentos arbitrais e a instauração do presente procedimento de mediação, como melhor estratégia negocial e financeira. Abordaram que o interesse das partes é o cumprimento do contrato, com a entrega dos parques. Também há interesse mútuo na manutenção do bom relacionamento entre as partes, bem como o equilíbrio financeiro contratual - o rompimento da relação comercial entre elas poderia afetar a credibilidade de ambas no mercado em que atuam. Abordaram a importância da escuta ativa, na qual é igualmente importante ouvir todas as partes envolvidas e entender os problemas do conflito. Financeiramente, não havendo acordo, as despesas com o procedimento arbitral seriam superiores a 2 milhões de reais, sem contar os riscos para a B3P no pagamento de multa por atraso e em arcar com a diferença de preço dos geradores eólicos. Ainda, aplicaram a abordagem do MAANA, que vimos nesta unidade, analisando a jurisprudência aplicável nos riscos de sucumbência. Por fim, sugeriram que a Bacamaso pode conceder à B3P, a inexigibilidade de multa, uma vez que não se opôs à cobrança; e a B3P poderia abrir mão da ação judicial, na qual se valeu de medida liminar (da qual a Bacamaso não se opôs) e dos procedimentos arbitrais, possibilitando a resolução da questão via mediação. Agora, caro (a) estudante, analisando o caso e a resposta a ele fornecida pelos participantes do desafio, responda às questões a seguir. a) Você concorda com a solução dos participantes? Você proporia uma saída diferente da mediação por eles proposta? Fundamente e justifique a sua resposta. b)Imagine-se na condição de mediador do caso. Qual a sua opinião? Utilizando-se dos princípios da negociação, que acompanhamos em nosso conteúdo, você argumentaria de forma difer