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7 – C O conteúdo gástrico contém agentes agressores como ácido clorídrico, pepsina, sais biliares e enzimas pancreáticas. O refluxo deste conteúdo...

7 – C

O conteúdo gástrico contém agentes agressores como ácido clorídrico, pepsina, sais biliares e enzimas pancreáticas. O refluxo deste conteúdo para o esôfago pode ocorrer eventualmente em indivíduos normais, sem nenhuma consequência. Quando, entretanto, este refluxo traz sintomas ou complicações para o paciente, passa a ser patológico, denominando-se doença do refluxo gastresofágico, incluindo a esofagite de refluxo.

Os principais sintomas de DRGE são pirose, dor torácica, disfagia, odinofagia, eructações e regurgitação. Outras manifestações menos frequentes são sialose, náuseas, hemorragia crônica e anemia, globus faringeus, asma, tosse crônica, fibrose pulmonar idiopática, apneia do sono, otite média, rouquidão e desgaste do esmalte dentário.

Tanto a pirose como a dor são mais frequentes após as refeições e à noite, com o paciente deitado. A pirose pode ocorrer em outras situações, como na acalasia e na esofagite eosinofílica. Quando atípica, a dor pode confundir-se com a dor da insuficiência coronária, exigindo uma investigação cuidadosa do ponto de vista cardiológico. Classificação endoscópica de Los Angeles da esofagite erosiva.



 Grau A: ocorrência de erosões não confluentes e menores que 5 mm.

 Grau B: ocorrência de erosões não confluentes e maiores que 5 mm.

 Grau C: ocorrência de erosões confluentes, acometendo menos de 75% da circunferência do órgão.

 Grau D: ocorrência de erosões confluentes acometendo mais de 75% da circunferência do órgão.

A endoscopia é adequada ao diagnóstico da esofagite e das complicações da DRGE, mas não do refluxo propriamente dito, pois há fraca correlação entre sintomas de refluxo gastresofágico e esofagite, e também existe a probabilidade de a esofagite preexistente ter sido resolvida com terapia anterior e a baixa sensibilidade para detectar distúrbios de motilidade.

O melhor método de comprovação do refluxo tem como base a medida do pH intraesofágico, por monitoramento contínuo. Este deverá ser solicitado quando for considerado tratamento cirúrgico para DRGE e para pacientes com sintomas típicos de DRGE e com endoscopia sem lesões esofágicas, refratários ao tratamento com inibidor de bomba de prótons (IBP).