A abolição da escravatura, de fato, trouxe uma vitória para os afrodescendentes e abolicionistas, mas também marcou o início de um novo período de provações para os negros. Essas novas dificuldades surgiram por diversas razões. Uma delas é que, após a abolição, muitos ex-escravos não tiveram acesso a um trabalho digno e remunerado. A falta de oportunidades e a discriminação racial dificultaram a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho. Além disso, a marginalização social também foi uma consequência da abolição. Muitos afro-brasileiros foram excluídos dos espaços sociais e políticos, enfrentando dificuldades para obter moradia adequada e acesso a serviços básicos. A segregação racial persistiu, impedindo que essas pessoas tivessem as mesmas oportunidades que os brancos. Outro fator importante é a falta de acesso à educação. Durante o período escravocrata, os negros eram proibidos de receber instrução básica, o que gerou uma defasagem educacional significativa. Após a abolição, essa desigualdade persistiu, dificultando o acesso ao conhecimento e limitando as oportunidades de ascensão social. Além disso, as manifestações culturais afro-brasileiras foram perseguidas e reprimidas, o que contribuiu para a marginalização e a invisibilidade dessas expressões culturais. A negação da identidade e a repressão cultural também foram obstáculos enfrentados pelos negros após a abolição. Portanto, as novas dificuldades enfrentadas pelos negros após a abolição da escravatura estão relacionadas à marginalização social, falta de oportunidades de trabalho, segregação racial, falta de acesso à educação e repressão cultural. Esses fatores contribuíram para a perpetuação de outras formas de servidão e sujeição para muitos afro-brasileiros.
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