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Eu levava a criança de manhã, entrava às sete e meia e trabalhava até cinco e meia. Eu levava a criança pra oficina e ela ficava dentro dos baldes ...

Eu levava a criança de manhã, entrava às sete e meia e trabalhava até cinco e meia. Eu levava a criança pra oficina e ela ficava dentro dos baldes das roupas. Nossa, isso me comovia demais! Eu até agradecia à dona da oficina pelo fato dela liberar, porque não é todo mundo que faz esse tipo de coisa. [...] e era muito difícil porque eu precisava parar de manhã pra dar o café [...] almoçava correndo, dava almoço pra criança, dava banho e voltava de novo pro serviço. [...] então, comprometia o meu serviço, o meu rendimento também. E isso daí foi uma dificuldade muito grande pra mim [...] Eu acredito que a creche hoje é igual uma escola, que há necessidade, independente se você pode pagar ou não. [...].” (Entrevista com Emília)(SCHIFINO, 2012). O trecho de entrevista com uma mãe operária, em 2009, extraído da dissertação de mestrado ”Do ‘balde’ ao direito à creche: lutas de mães operárias” permite traçar uma comparação com a educação infantil nas primeiras décadas do Brasil República. Aponte, dentre as afirmações a seguir sobre esse período, quais são Verdadeiras (V) ou Falsas (F):


I - Popularizou-se a função da “criadeira” que ficaram conhecidas como “fazedoras de anjos” devido a sua função de educadoras infantis nos períodos de trabalho das mães operárias.

II - A incorporação das mulheres ao trabalho fabril, no início do século XX trouxe mudanças significativas a estrutura familiar tradicional, assim como nas concepções do cuidado das crianças pequenas.

III - As pressões sindicais levaram à criação de vilas operárias, clubes esportivos, além de creches e escolas maternais para filhos de operários, o que trouxe desvantagens para a produção da mãe nas fábricas.

IV - A inserção da mulher no mercado de trabalho, à época, era contraditória, ao mesmo tempo em que exigia mão de obra feminina, não lhe dava suporte.

V - A chegada dos imigrantes europeus provocou uma diminuição da participação da mulher no setor operário, minimizando as tensões sindicais das mulheres operárias com relação à criação de espaços para atendimento das crianças durante seu trabalho.

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I - Falsa II - Verdadeira III - Verdadeira IV - Verdadeira V - Falsa Explicação: I - A função da "criadeira" não era popularizada, pois a educação infantil não era valorizada na época. II - A incorporação das mulheres ao trabalho fabril trouxe mudanças significativas na estrutura familiar e nas concepções do cuidado das crianças pequenas. III - As pressões sindicais levaram à criação de vilas operárias, clubes esportivos, creches e escolas maternais para filhos de operários, o que trouxe desvantagens para a produção da mãe nas fábricas. IV - A inserção da mulher no mercado de trabalho, à época, era contraditória, ao mesmo tempo em que exigia mão de obra feminina, não lhe dava suporte. V - A chegada dos imigrantes europeus não provocou uma diminuição da participação da mulher no setor operário, mas sim o contrário, aumentou a participação feminina no mercado de trabalho.

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