De acordo com Vanoye e Goliot-Lété (2006), a interpretação é parte fundamental do processo de análise fílmica. Para os autores, o simples fato de d...

De acordo com Vanoye e Goliot-Lété (2006), a interpretação é parte fundamental do processo de análise fílmica. Para os autores, o simples fato de descrever um filme, por exemplo, já abrange uma dimensão interpretativa, uma vez que recria a obra em um novo formato: o do texto da crítica ou resenha cinematográfica. Essa discussão é feita a partir das ideias de Eco (1990-1992), por isso, é necessário pensarmos em alguns limites para melhor situar como se dão as interpretações de uma obra. VANOYE, F.; GOLIOT-LÉTÉ, A. Ensaio sobre a análise fílmica. 4. ed. Campinas: Papirus, 2006. Partindo dessa premissa, com base em nossos estudos a respeito dos limites da interpretação indicados pelos autores, podemos mencionar que: a. na interpretação, o crítico utiliza o filme para dizer ou ilustrar aquilo que quer sobre algo. b. na interpretação crítica, o leitor atribui sentido ao filme a partir de seu próprio contato com a obra. c. as interpretações semântica e crítica distinguem o leitor/espectador do crítico. d. na interpretação, o sentido do filme é determinado pelas características do próprio texto-fílmico. e. na interpretação semântica, o analista avalia como e porque o filme produz sentido a partir de sua estrutura.