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César e Augusto, respectivamente, pai e filho, junto com alguns colegas de curso, comemoravam juntos, na cidade de Cristóvão, a conclusão de grau d...

César e Augusto, respectivamente, pai e filho, junto com alguns colegas de curso, comemoravam juntos, na cidade de Cristóvão, a conclusão de grau de bacharel em Arquitetura. Não obstante o clima de confraternização, em determinado momento, alterados por causa do excesso de bebibas ingeridas, surgiu um entrevero entre eles, tendo César desferido um soco no rosto de Augusto. Revoltado, Augusto sai do restaurante, vai até o estacionamento do estabelecimento e furta de um dos carros um celular que estava no banco do carona. Ao voltar ao local da comemoração, sem que percebecem, Augusto coloca na mochila de César o aparelho furtado. Quando todos estão saindo, o dono do carro, que também era colega de César, percebe que o vidro de seu carro foi quebrado e que o celular havia sumido. Augusto então avisa que viu quando César sumiu da festa por um bom tempo e garante que ele possa ter pego o celular do colega, o que foi confirmado em seguida quando os policiais abrem a mochila de César. O caso, então, é levado ao conhecimento da autoridade policial, que por sua vez encaminha os autos do inquérito policial a autoridade competente. Logo depois, é oferecida a denúncia lastreada no relato de Augusto e na busca realizada na mochila de César. Recebida a denúncia pelo juiz competente, que ao final da instrução condena César nos termos da acusação fundamentando nos elementos de informação do inquérito policial, como as declarações de Augusto, que não foram ratificadas perante o juiz e pela apreensão do celular encontrado na mochila de César.

Levando-se em consideração os fatos narrados, questiona-se:

Em relação aos elementos de informação colhidos pela autoridade policial, é correto dizer que possuem o mesmo valor probatório das provas produzidas no curso da instrução processual? Justifique sua resposta.

A resposta deverá conter no mínimo 100 e no máximo 250 palavras.


💡 1 Resposta

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Não, os elementos de informação colhidos pela autoridade policial não possuem o mesmo valor probatório das provas produzidas no curso da instrução processual. Isso porque, durante a fase de inquérito policial, as provas são colhidas de forma preliminar e não há a possibilidade de contraditório e ampla defesa por parte do investigado. Além disso, as provas produzidas durante a instrução processual são submetidas ao crivo do contraditório, ou seja, as partes têm a oportunidade de se manifestar sobre as provas produzidas e apresentar suas próprias provas. No caso em questão, as declarações de Augusto não foram ratificadas perante o juiz, o que significa que não foram confirmadas em juízo. Além disso, a apreensão do celular encontrado na mochila de César não é suficiente para comprovar que ele foi o autor do furto, uma vez que não há provas de que ele tenha colocado o celular na mochila. Portanto, os elementos de informação colhidos pela autoridade policial não possuem o mesmo valor probatório das provas produzidas no curso da instrução processual, que são submetidas ao crivo do contraditório e da ampla defesa.

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