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WINSTON propôs reclamação trabalhista em face da empresa NOTÍCIAS DIÁRIAS LTDA., em 10/05/2022, pleiteando o pagamento de horas extras e reflexos, ...

WINSTON propôs reclamação trabalhista em face da empresa NOTÍCIAS DIÁRIAS LTDA., em 10/05/2022, pleiteando o pagamento de horas extras e reflexos, alegando que laborou de 01/02/2005 até 31/04/2021 no horário das 8h00 às 19h00, de segunda à sexta-feira, sempre gozando de 1 hora de intervalo intrajornada. Além disso, pleiteou equiparação salarial e reflexos com a paradigma, Sra. Julia, a qual exercia a mesma função, com igual produtividade e perfeição técnica, todavia, recebia salário superior, em média 40% a mais, não obstante tivesse sido admitida somente em 01/02/2018. Também, requereu o pagamento de adicional de periculosidade e reflexos, ao fundamento de que trabalhava em prédio que continha 3 geradores, sendo que no mesmo local havia 3 tanques de combustível, com capacidade de 500 litros de óleo diesel cada, no subsolo. O reclamante foi despedido em 31/04/2021, sem justa causa, tendo recebido por último o salário de R$ 5.000,00. Em audiência, realizada perante a 1ª Vara do Trabalho de Taboão das Serra, a reclamada apresentou defesa tendo colacionado aos autos controles de horário com marcação “britânica” da jornada durante todo o período, com anotações de horário das 8h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h48, de segunda à sexta-feira. No que se refere à equiparação salarial a reclamada não apresentou qualquer documento referente à paradigma apontada (Sra. Julia), tendo apenas alegado que esta tinha mais de 2 anos de diferença na função em relação ao reclamante. Acerca do adicional de periculosidade a Reclamada apresentou um laudo pericial realizado em outra reclamação trabalhista (no ano de 2015, quando não havia os 3 tanques de combustível para os geradores no subsolo), no qual o perito havia concluído pela inexistência de condições periculosas de trabalho. Com base no referido documento, o juiz indeferiu o pedido de realização de perícia técnica, tendo o reclamante consignado seus protestos contra a decisão. O magistrado dispensou o depoimento pessoal das partes, sendo que não houve prova testemunhal, tendo o juiz declarado encerrada a instrução. O Reclamante apresentou razões finais, onde reiterou seus protestos contra o indeferimento da prova pericial. O magistrado, ao sentenciar, declarou de ofício a prescrição nos termos do art. 7º, XXIX, da Carta Política, bem como julgou improcedentes os pedidos, aos seguintes fundamentos: • Horas extras: considerando-se que os controles de jornada apontam horário de trabalho dentro dos limites legais, bem como se trata de compensação semanal de jornada, não há que se falar em horas extras e reflexos, sendo o pedido improcedente. • Equiparação salarial: O reclamante não se desincumbiu de seu onus probandi, de modo que o pedido é julgado improcedente, uma vez que não foram produzidas provas em relação à equiparação salarial. • Adicional de periculosidade: Com base no laudo pericial juntado pela reclamada em sua defesa (prova emprestada), julgo improcedente o pedido de adicional de periculosidade e reflexos. Ainda, o magistrado condenou o reclamante ao pagamento de honorários advocatícios (20%) à reclamada. Por fim, concedeu ao reclamante os benefícios da Justiça Gratuita. A sentença foi publicada no dia 18/10/2023. Na condição de advogado(a) contratado(a) pelo reclamante, elabore a medida processual adequada, apresentando as teses a serem defendidas em favor dos interesses de seu cliente.

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Considerando a sentença proferida pelo juiz, o advogado do reclamante pode apresentar recurso ordinário ao Tribunal Regional do Trabalho, no prazo de 8 dias, contados da publicação da sentença. No recurso, o advogado deve apresentar as teses que defendem os interesses do seu cliente, como a necessidade de produção de prova pericial para comprovar a existência de condições perigosas de trabalho, a comprovação da equiparação salarial com a paradigma e a necessidade de pagamento de horas extras e reflexos. Além disso, o advogado deve impugnar a decisão do juiz que declarou a prescrição do direito do reclamante, uma vez que o prazo prescricional para ajuizamento da ação trabalhista é de 5 anos, contados do término do contrato de trabalho. Por fim, o advogado deve requerer a reforma da sentença, para que seja concedido ao reclamante o pagamento das verbas pleiteadas, bem como a exclusão da condenação ao pagamento de honorários advocatícios à reclamada.

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