1)          A Constituição, entendida como norma suprema, é norma em regra imutável, até para fins de proporcionar a segurança das regras que presc...

1)          A Constituição, entendida como norma suprema, é norma em regra imutável, até para fins de proporcionar a segurança das regras que prescreve e da própria sociedade. Todavia, a partir da mudança da sociedade, da evolução das relações jurídicas e sociais, surge a necessidade da alteração de comandos amplos previstos na Lei Maior. Assim, embora grupo constituinte algum cuide de preparar a substituição da ideia de direito que incita a agir, a experiência faz prever a necessidade futura de alterações ou complementações no texto que edita. Por isso é que dispõe sobre a revisão da Constituição, atribuindo a um poder constituído o direito de emendá-la. Esse poder instituído goza de um Poder Constituinte Derivado do originário. Sua modalidade principal é o poder de modificar formalmente a Constituição. O Poder Constituinte Derivado tem várias formas, podendo ser reformador, revisor ou decorrente, a depender de quem o realiza.

Considerando o Poder Derivado, na qualidade de transformador e modificador da Constituição Federal, e as suas espécies (reformador, revisor e decorrente), avalie as afirmações a seguir. 

I. Na espécie de reformador, o Poder Constituinte Derivado surge para promover a atualização do texto constitucional originário, de acordo com as necessidades e modificações reclamadas pela sociedade. Ele é um poder limitado pela forma de efetuar tais alterações, bem como quanto às matérias sujeitas a esta alteração, e pode ser efetivado através de emendas constitucionais.

II. Na espécie de revisor, o poder Constituinte Derivado é aquele destinado a promover a revisão generalizada da Constituição Federal, de maneira a adequá-la de tempos em tempos ao contexto social vigente. Esta espécie é efetivada com a faculdade constante nas regras transitórias (ADCT), que preveem uma revisão a cada 5 anos das normas constitucionais, até a nova constituição originária.

III. Na espécie decorrente, o Poder Constituinte Derivado distribui autonomia aos Municípios, para elaborarem suas leis de Organização próprias, as quais devem observar o comando estadual constitucional, que está delimitado no texto da Constituição Federal. Ele é escalonado e promove a descentralização e aplicabilidade de normas gerais diretamente nos municípios.