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2 - Caio e Bruno são irmãos e estão em dificuldades financeiras. Caio, que estava sozinho em seu quarto, verifica que a janela da casa dos vizinhos...

2 - Caio e Bruno são irmãos e estão em dificuldades financeiras. Caio, que estava sozinho em seu quarto, verifica que a janela da casa dos vizinhos está aberta; então, ingressa no local e subtrai um telefone celular avaliado em R$ 500,00. Ao mesmo tempo, apesar de não saber da conduta de seu irmão, Bruno percebe que a porta da residência dos vizinhos também ficou aberta. Tendo conhecimento que os proprietários eram um casal de empresários muito rico, ingressa no local e subtrai uma bolsa, avaliada em R$ 450,00. Os fatos são descobertos dois dias depois, e Bruno e Caio são denunciados pelo crime de furto qualificado (Art. 155, § 4º, inciso IV, do Código Penal), sendo acostadas as Folhas de Antecedentes Criminais (FAC), contendo, cada uma delas, outra anotação pela suposta prática de crime de estelionato, sem, contudo, haver condenação com trânsito em julgado em ambas. Após instrução, a pretensão punitiva do Estado é julgada procedente, sendo aplicada pena mínima de 02 anos de reclusão e 10 dias-multa, em regime inicial aberto, devidamente substituída por restritiva de direitos. a) Existe argumento de direito material a ser apresentado para questionar a capitulação jurídica apresentada pelo Ministério Público e acolhida na sentença? b) Mantida a capitulação acolhida na sentença (Art. 155, § 4º, inciso IV, do Código Penal), existe argumento em busca da redução da pena aplicada?

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a) Sim, existe argumento de direito material a ser apresentado para questionar a capitulação jurídica apresentada pelo Ministério Público e acolhida na sentença. Isso porque, para a configuração do furto qualificado pelo rompimento de obstáculo, é necessário que a subtração seja realizada com o emprego de violência ou grave ameaça à pessoa, o que não ocorreu no caso em questão. Portanto, a conduta dos irmãos deveria ser enquadrada como furto simples (Art. 155, caput, do Código Penal). b) Sim, mantida a capitulação acolhida na sentença (Art. 155, § 4º, inciso IV, do Código Penal), existe argumento em busca da redução da pena aplicada. Isso porque, a pena mínima prevista para o furto qualificado é de 02 anos de reclusão, mas a jurisprudência tem entendido que, nos casos em que não há violência ou grave ameaça à pessoa, a pena-base deve ser fixada no mínimo legal, ou seja, em 02 anos de reclusão. Além disso, é possível a aplicação da atenuante da confissão espontânea, prevista no Art. 65, inciso III, alínea d, do Código Penal, que pode reduzir a pena em até 1/3.

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