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Segundo Feijoo (2011), Para a fenomenologia de Husserl, o psiquismo não possui nenhuma determinação prévia, nem mesmo um eu substancial. A consciência é, para este filósofo, transcendente, nunca se retém em si mesma, mas se vê projetada por seus próprios atos para o campo dos objetos correlatos. (p. 31) A concepção de “eu” de Husserl é de natureza filosófica, mas pode, com muitos cuidados, ser transportada para o contexto de prática do psicólogo. Seguindo tal concepção, está correto afirmar que uma Psicologia fundamentada na Fenomenologia de Husserl:

I – Concebe as experiências do paciente/cliente como intencionais, isto é, que a motivação determina os significados “experienciados”.
II – Busca no paciente/cliente os aspectos essenciais de sua experiência, isto é, a consciência reduzida. A redução fenomenológica possibilita a descrição direta, sem hipóteses, da personalidade do paciente/cliente, pois esta (a personalidade) é o aspecto imutável que permanece além da multiplicidade de experiências.
III – Compreende que os relatos do paciente/cliente referentes às coisas e aos outros ao seu redor revelam como ele os experiência, pois a consciência é intencional.
IV – Assume o “eu” como um fluxo de vivências intencionais.
a) III e IV.
b) I e II.
c) II e III.
d) I e IV.
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Questões para Estudantes

há 2 anos

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há 6 meses

Vamos analisar cada afirmativa: I – Concebe as experiências do paciente/cliente como intencionais, isto é, que a motivação determina os significados “experienciados”. Verdadeiro, a fenomenologia de Husserl enfatiza a intencionalidade da consciência, ou seja, que a consciência está sempre direcionada a algo, e a motivação pode influenciar essa experiência. II – Busca no paciente/cliente os aspectos essenciais de sua experiência, isto é, a consciência reduzida. A redução fenomenológica possibilita a descrição direta, sem hipóteses, da personalidade do paciente/cliente, pois esta (a personalidade) é o aspecto imutável que permanece além da multiplicidade de experiências. Falso, a redução fenomenológica busca descrever a experiência sem pressupostos, mas a ideia de que a personalidade é um aspecto imutável não é uma concepção fenomenológica, que valoriza a multiplicidade e a mudança. III – Compreende que os relatos do paciente/cliente referentes às coisas e aos outros ao seu redor revelam como ele os experiência, pois a consciência é intencional. Verdadeiro, essa afirmativa está correta, pois reflete a ideia de que a consciência intencional revela a experiência do sujeito em relação ao mundo. IV – Assume o “eu” como um fluxo de vivências intencionais. Verdadeiro, essa afirmativa está correta, pois a fenomenologia de Husserl vê o “eu” como um fluxo contínuo de experiências e vivências. Agora, vamos verificar as alternativas: a) III e IV. (Correta, pois ambas estão verdadeiras) b) I e II. (Incorreta, pois II é falsa) c) II e III. (Incorreta, pois II é falsa) d) I e IV. (Correta, pois ambas estão verdadeiras) As alternativas a) e d) estão corretas, mas como a pergunta pede a alternativa que contém todos os itens verdadeiros, a melhor escolha é a alternativa a) III e IV, pois ambas refletem a essência da fenomenologia de Husserl. Portanto, a resposta correta é: a) III e IV.

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há 2 anos

A alternativa correta é a letra "c) II e III". A Psicologia fundamentada na Fenomenologia de Husserl concebe as experiências do paciente/cliente como intencionais, ou seja, que a motivação determina os significados "experienciados" (alternativa I). Além disso, busca no paciente/cliente os aspectos essenciais de sua experiência, isto é, a consciência reduzida, e a redução fenomenológica possibilita a descrição direta, sem hipóteses, da personalidade do paciente/cliente, pois esta (a personalidade) é o aspecto imutável que permanece além da multiplicidade de experiências (alternativa II). Compreende também que os relatos do paciente/cliente referentes às coisas e aos outros ao seu redor revelam como ele os experiência, pois a consciência é intencional (alternativa III). Por fim, assume o "eu" como um fluxo de vivências intencionais (alternativa IV) que não está presente nas alternativas corretas.

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Segundo a psicóloga fenomenológica Ida Cardinalli (2012), “Na obra Ser e Tempo , o fio condutor do pensamento de Heidegger é o esclarecimento do sentido do ser como tal”. (CARDINALLI, 2012, Daseinsanalyse e esquizofrenia. São Paulo: Escuta, 2012, p. 53.) Em relação às ideias de Heidegger acerca do existir humano como Dasein, pode-se afirmar que:
I – O Da (aí) do Dasein (ser-aí) é a abertura essencial do existir humano, o que significa dizer que ele é esse estar aberto para perceber, compreender, entender e conhecer o que é encontrado no mundo;
II – A essência do Dasein é a própria existência;
III – O Dasein nunca é um objeto simplesmente presente;
IV – As características que constituem o Dasein podem ser consideradas como categorias ou atributos porque a singularidade deve ser o ponto de partida para o conhecimento dos modos de ser do humano.
Das afirmativas acima, estão corretas apenas:

I – O Da (aí) do Dasein (ser-aí) é a abertura essencial do existir humano, o que significa dizer que ele é esse estar aberto para perceber, compreender, entender e conhecer o que é encontrado no mundo;
II – A essência do Dasein é a própria existência;
III – O Dasein nunca é um objeto simplesmente presente;
IV – As características que constituem o Dasein podem ser consideradas como categorias ou atributos porque a singularidade deve ser o ponto de partida para o conhecimento dos modos de ser do humano.
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III e IV.
d) II e III.
e) I e II.

No livro O Paciente Psiquiátrico (2012), o fenomenólogo van den Berg narra: É inverno. (...) Esfrego as mãos e aguardo a noite com satisfação, pois, faz alguns dias, telefonei a um amigo convidando-o a vir ter comigo esta noite. Dentro de uma hora estará batendo à minha porta. (...) Ontem comprei uma boa garrafa de vinho, que coloquei a distância apropriada do fogo. (...) Aí, começa a nevar; esta condição objetiva aumenta a minha expectativa subjetiva. Quando o telefone põe fim a essa expectativa, o silêncio do quarto torna-se mais profundo. (...) Vejo a garrafa de vinho e compreendo que meu amigo não virá.” (p. 34) A Fenomenologia de Husserl


a) Defende que a consciência é intencional e se projeta para o campo dos objetos correlatos.
b) Propõe que a personalidade do paciente/cliente é o aspecto imutável que permanece além da multiplicidade de experiências.
c) Afirma que a redução fenomenológica possibilita a descrição direta, sem hipóteses, da personalidade do paciente/cliente.
d) Considera que a motivação determina os significados “experienciados” pelo paciente/cliente.

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