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Uma vez que se considere que o conceito de literatura, compreendida como um autêntico sistema, supõe a presença ativa de escritores, a publicação de obras e a resposta de um público, entende-se que

I. ainda não ocorreu no Brasil a vigência plena de um sistema literário, capaz de expressar aspectos mais complexos de nossa vida cultural.
II. os primeiros documentos informativos sobre a terra a ser colonizada devem ser vistos como manifestações literárias esparsas, ainda não sistemáticas.
III. a carta de Caminha e os textos dos missionários jesuíticos fazem ver desde cedo a formação de um maduro sistema literário nacional.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
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Portuguesando

há 2 anos

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Portuguesando

há 2 anos

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há 5 meses

Vamos analisar cada afirmativa: I. Ainda não ocorreu no Brasil a vigência plena de um sistema literário, capaz de expressar aspectos mais complexos de nossa vida cultural. Essa afirmativa é verdadeira, pois a literatura brasileira passou por diversas fases e ainda busca uma expressão mais completa de sua complexidade cultural. II. Os primeiros documentos informativos sobre a terra a ser colonizada devem ser vistos como manifestações literárias esparsas, ainda não sistemáticas. Essa afirmativa também é verdadeira, pois os primeiros textos sobre o Brasil, como relatos de viajantes e colonizadores, podem ser considerados manifestações literárias, mas não formavam um sistema literário estruturado. III. A carta de Caminha e os textos dos missionários jesuíticos fazem ver desde cedo a formação de um maduro sistema literário nacional. Essa afirmativa é falsa, pois a carta de Caminha e os textos dos missionários jesuíticos, embora importantes, não representam um sistema literário maduro, mas sim os primeiros passos de uma literatura que ainda estava em formação. Com base nessa análise, as afirmativas I e II são verdadeiras. Portanto, a alternativa correta é: d) I e II.

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há 2 anos

A alternativa correta é a letra "d) I e II." A afirmativa I está correta, pois a literatura brasileira ainda não alcançou a plenitude de um sistema literário, capaz de expressar aspectos mais complexos de nossa vida cultural. A afirmativa II também está correta, pois os primeiros documentos informativos sobre a terra a ser colonizada devem ser vistos como manifestações literárias esparsas, ainda não sistemáticas.

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Sobre o poema em questão, assinale a alternativa correta.
a) Ao empregar a forma do soneto, o autor busca vincular-se a poetas fundamentais da tradição italiana, como Dante e Petrarca.
b) Ao apresentar o mundo dividido entre os “bons” e os “maus”, o eu-lírico reflete a visão maniqueísta do período medieval e aponta a importância de se agir de acordo com as normas morais e religiosas.
c) Ao tratar do tema do “desconcerto do mundo”, o eu-lírico registra a impotência do indivíduo diante de uma realidade vista como injusta e incoerente.
d) Ao aproximar-se da reflexão filosófica, o poema abre mão de recursos usuais do discurso poético, como a metrificação regular e o uso de esquemas de rimas.

5. O Brasil dos primeiros tempos foi objeto de uma avidez colonial. A literatura que lhe corresponde é, por isso, de natureza parcialmente superlativa. O conhecimento da terra compõe-se muitas vezes com intenções exclamativas. É exemplo dela a História da Província de Santa Cruz, de Pero de Magalhães Gandavo.

O excerto acima, do historiador e crítico José Guilherme Merquior, diz respeito
a) a manifestações da literatura barroca que se desenvolveu no século XVIII.
b) à formação de um público leitor, incentivada pelos missionários estrangeiros.
c) à literatura de informação característica do primeiro século da nossa colonização.
d) ao ufanismo de nossas letras, que já se manifestava um século antes do Romantismo.
e) à ênfase patriótica com que as academias arcádicas marcavam sua produção.

6. Sobre as cartas dos viajantes, é INCORRETO afirmar que:
a) As cartas, independentemente de sua finalidade informativa, pelo seu caráter narrativo, superavam o caráter utilitário de mero “relatório”, apresentando cuidados estilísticos com a linguagem.
b) As cartas trazem minuciosos relatos sobre aspectos históricos, geográficos e econômicos, gerando um panorama sobre o funcionamento da colônia.
c) As cartas não apresentam preocupações estilísticas e de linguagem, pois eram produzidas por viajantes ou padres cuja preocupação era informar ao rei sobre o novo território.
d) Mesmo pretendendo-se informativas, as cartas apresentam traços imaginativos e descrição de aventuras, como a Carta de Hans Staden ou mesmo algumas peripécias envolvendo o Padre José de Anchieta.
e) As cartas permitiram o conhecimento de fatos históricos, documentando vários aspectos de um Brasil em formação.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

Endechas a Bárbara escrava
Luís de Camões

Aquela cativa
Que me tem cativo,
Porque nela vivo
Já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
Em suaves molhos,
Que pera meus olhos
Fosse mais fermosa.

Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
Mas não de matar.

Uma graça viva,
Que neles lhe mora,
Para ser senhora
De quem é cativa.
Pretos os cabelos,
Onde o povo vão
Perde opinião
Que os louros são belos.

Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda mansidão,
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas bárbara não.

Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.
Esta é a cativa
Que me tem cativo;
E. pois nela vivo,
É força que viva.

(CAMÕES, Luís de. Lírica: seleção, prefácio e notas de Massaud Moisés. São Paulo: Cultrix,
1999, p.73-74)

Glossário
Endechas: estilo de composição poética; poema geralmente melancólico.
Cativo(a): refere-se a quem perdeu a liberdade.
Fermosa: grafia antiga de “formosa”, quem tem bela aparência.
Leda: contente, alegre.
Siso: bom-senso, juízo.

7. Ainda ao produzir um retrato acerca da cativa, Camões mobiliza recursos expressivos típicos na lírica portuguesa, tais como

O poema Endechas a Bárbara escrava, de Luís de Camões, apresenta uma estrutura poética típica do Renascimento, com a utilização de recursos como a antítese e a hipérbole.
O poema Endechas a Bárbara escrava, de Luís de Camões, apresenta uma visão crítica da escravidão, denunciando a violência e a opressão sofridas pelos escravos.
O poema Endechas a Bárbara escrava, de Luís de Camões, apresenta uma visão idealizada da cativa, destacando sua beleza e graça, mas sem questionar a condição de escravidão.
O poema Endechas a Bárbara escrava, de Luís de Camões, apresenta uma estrutura poética típica do Barroco, com a utilização de recursos como o jogo de palavras e a ambiguidade.

Ainda ao produzir um retrato acerca da cativa, Camões mobiliza recursos expressivos típicos na lírica portuguesa, tais como

A antítese, que consiste na aproximação de ideias opostas, como em “Pretidão de Amor”.
A hipérbole, que consiste no exagero de uma ideia, como em “Nem no campo flores, / Nem no céu estrelas / Me parecem belas / Como os meus amores”.
A aliteração, que consiste na repetição de sons consonantais, como em “Pretos os cabelos”.
A metáfora, que consiste na substituição de um termo por outro com o qual guarda semelhança, como em “Uma graça viva”.

Com base nos textos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, analise as afirmativas a seguir e assinale com V as Verdadeiras e com F as Falsas.

( ) É considerado um intertexto todo aquele texto que cruza com outro texto e estabelece com este uma inter-relação nova e singular. Dessa forma, pode-se afirmar que os Textos 1 e 2 são considerados um intertexto.

( ) O Texto 3 se trata de um cartaz sobre uma campanha publicitária promovida pelo Ministério da Educação, em 2003. Nele se observa a predominância de uma função da linguagem, que é a função emotiva ou expressiva.

( ) O Texto 4 é um trecho do poema lírico do Barroco brasileiro, o qual narra os feitos heroicos de Diogo Álvares Correia, que ensina aos índios tupinambás as leis e a cultura dos europeus. Esse poema foi parodiado no filme Caramuru – A Invenção do Brasil, conforme está indicado no Texto 5.

( ) A paródia é a recriação de um texto com a finalidade de ironizar, criticar, provocar humor, satirizar um outro texto que serviu de referência. Assim, pode-se afirmar que o Texto 6 é um exemplo de paródia.

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

É considerado um intertexto todo aquele texto que cruza com outro texto e estabelece com este uma inter-relação nova e singular. Dessa forma, pode-se afirmar que os Textos 1 e 2 são considerados um intertexto.
O Texto 3 se trata de um cartaz sobre uma campanha publicitária promovida pelo Ministério da Educação, em 2003. Nele se observa a predominância de uma função da linguagem, que é a função emotiva ou expressiva.
O Texto 4 é um trecho do poema lírico do Barroco brasileiro, o qual narra os feitos heroicos de Diogo Álvares Correia, que ensina aos índios tupinambás as leis e a cultura dos europeus. Esse poema foi parodiado no filme Caramuru – A Invenção do Brasil, conforme está indicado no Texto 5.
A paródia é a recriação de um texto com a finalidade de ironizar, criticar, provocar humor, satirizar um outro texto que serviu de referência. Assim, pode-se afirmar que o Texto 6 é um exemplo de paródia.
a) V – V – F – V
b) F – V – V – F
c) F – F – V – F
d) V – F – V – F
e) V – F – F – V

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