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Considere este excerto de um sermão do Padre Antônio Vieira, datado de 1640: Querer argumentar com Deus, e convencê-Lo com razões, não só dificultoso assunto parece, mas empresa declaradamente impossível [...]. Porventura o barro que está na roda, e entre as mãos do oficial, põe-se às razões com ele e diz-lhe “por que me fazes assim?” Pois se tu és barro, homem mortal, [...] como te atreves a argumentar com a Sabedoria Divina? Nesse excerto religioso, de cunho barroco, Padre Vieira vale-se da condição do homem e da sua criação pelo barro para pregar aos fiéis sobre


a) a falta de uma fé superior, que leva o homem a cultuar divindades toscas de toda ordem.
b) nossa condição de mortais, criados por Deus mas não habilitados a argui-lo por meio das razões humanas.
c) a imortalidade da alma, que não deve ser questionada mediante o argumento de que a nossa matéria desvanece.
d) a ousadia de se duvidar da Providência Divina quando se imagina que somos nós os artífices de nossa vida.
e) nossa impiedade religiosa quando cremos que há em nossas emoções a intensidade que faltaria ao plano do divino.
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Portuguesando

há 2 anos

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há 2 anos

Respostas

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há 4 meses

Vamos analisar as alternativas em relação ao excerto do sermão do Padre Antônio Vieira. O texto fala sobre a impossibilidade de argumentar com Deus, comparando o homem ao barro que não pode questionar o oleiro. Isso sugere uma reflexão sobre a condição humana e a relação com a divindade. a) A falta de uma fé superior, que leva o homem a cultuar divindades toscas de toda ordem. - Esta opção não se relaciona diretamente com a ideia central do excerto. b) Nossa condição de mortais, criados por Deus mas não habilitados a argui-lo por meio das razões humanas. - Esta opção reflete bem a ideia de que, como criaturas, não temos a capacidade de questionar a sabedoria divina. c) A imortalidade da alma, que não deve ser questionada mediante o argumento de que a nossa matéria desvanece. - Embora a imortalidade da alma seja um tema importante, não é o foco do excerto. d) A ousadia de se duvidar da Providência Divina quando se imagina que somos nós os artífices de nossa vida. - Esta opção toca em um ponto relevante, mas não é o principal argumento do texto. e) Nossa impiedade religiosa quando cremos que há em nossas emoções a intensidade que faltaria ao plano do divino. - Esta opção também não se alinha diretamente com a mensagem do excerto. Após essa análise, a alternativa que melhor representa a mensagem do excerto é: b) nossa condição de mortais, criados por Deus mas não habilitados a argui-lo por meio das razões humanas.

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há 2 anos

O excerto do sermão do Padre Antônio Vieira, datado de 1640, tem como objetivo pregar aos fiéis sobre a nossa condição de mortais, criados por Deus, mas não habilitados a argui-lo por meio das razões humanas. Portanto, a alternativa correta é a letra b).

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Sobre o poema em questão, assinale a alternativa correta.
a) Ao empregar a forma do soneto, o autor busca vincular-se a poetas fundamentais da tradição italiana, como Dante e Petrarca.
b) Ao apresentar o mundo dividido entre os “bons” e os “maus”, o eu-lírico reflete a visão maniqueísta do período medieval e aponta a importância de se agir de acordo com as normas morais e religiosas.
c) Ao tratar do tema do “desconcerto do mundo”, o eu-lírico registra a impotência do indivíduo diante de uma realidade vista como injusta e incoerente.
d) Ao aproximar-se da reflexão filosófica, o poema abre mão de recursos usuais do discurso poético, como a metrificação regular e o uso de esquemas de rimas.

5. O Brasil dos primeiros tempos foi objeto de uma avidez colonial. A literatura que lhe corresponde é, por isso, de natureza parcialmente superlativa. O conhecimento da terra compõe-se muitas vezes com intenções exclamativas. É exemplo dela a História da Província de Santa Cruz, de Pero de Magalhães Gandavo.

O excerto acima, do historiador e crítico José Guilherme Merquior, diz respeito
a) a manifestações da literatura barroca que se desenvolveu no século XVIII.
b) à formação de um público leitor, incentivada pelos missionários estrangeiros.
c) à literatura de informação característica do primeiro século da nossa colonização.
d) ao ufanismo de nossas letras, que já se manifestava um século antes do Romantismo.
e) à ênfase patriótica com que as academias arcádicas marcavam sua produção.

6. Sobre as cartas dos viajantes, é INCORRETO afirmar que:
a) As cartas, independentemente de sua finalidade informativa, pelo seu caráter narrativo, superavam o caráter utilitário de mero “relatório”, apresentando cuidados estilísticos com a linguagem.
b) As cartas trazem minuciosos relatos sobre aspectos históricos, geográficos e econômicos, gerando um panorama sobre o funcionamento da colônia.
c) As cartas não apresentam preocupações estilísticas e de linguagem, pois eram produzidas por viajantes ou padres cuja preocupação era informar ao rei sobre o novo território.
d) Mesmo pretendendo-se informativas, as cartas apresentam traços imaginativos e descrição de aventuras, como a Carta de Hans Staden ou mesmo algumas peripécias envolvendo o Padre José de Anchieta.
e) As cartas permitiram o conhecimento de fatos históricos, documentando vários aspectos de um Brasil em formação.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

Endechas a Bárbara escrava
Luís de Camões

Aquela cativa
Que me tem cativo,
Porque nela vivo
Já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
Em suaves molhos,
Que pera meus olhos
Fosse mais fermosa.

Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
Mas não de matar.

Uma graça viva,
Que neles lhe mora,
Para ser senhora
De quem é cativa.
Pretos os cabelos,
Onde o povo vão
Perde opinião
Que os louros são belos.

Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda mansidão,
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas bárbara não.

Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.
Esta é a cativa
Que me tem cativo;
E. pois nela vivo,
É força que viva.

(CAMÕES, Luís de. Lírica: seleção, prefácio e notas de Massaud Moisés. São Paulo: Cultrix,
1999, p.73-74)

Glossário
Endechas: estilo de composição poética; poema geralmente melancólico.
Cativo(a): refere-se a quem perdeu a liberdade.
Fermosa: grafia antiga de “formosa”, quem tem bela aparência.
Leda: contente, alegre.
Siso: bom-senso, juízo.

7. Ainda ao produzir um retrato acerca da cativa, Camões mobiliza recursos expressivos típicos na lírica portuguesa, tais como

O poema Endechas a Bárbara escrava, de Luís de Camões, apresenta uma estrutura poética típica do Renascimento, com a utilização de recursos como a antítese e a hipérbole.
O poema Endechas a Bárbara escrava, de Luís de Camões, apresenta uma visão crítica da escravidão, denunciando a violência e a opressão sofridas pelos escravos.
O poema Endechas a Bárbara escrava, de Luís de Camões, apresenta uma visão idealizada da cativa, destacando sua beleza e graça, mas sem questionar a condição de escravidão.
O poema Endechas a Bárbara escrava, de Luís de Camões, apresenta uma estrutura poética típica do Barroco, com a utilização de recursos como o jogo de palavras e a ambiguidade.

Ainda ao produzir um retrato acerca da cativa, Camões mobiliza recursos expressivos típicos na lírica portuguesa, tais como

A antítese, que consiste na aproximação de ideias opostas, como em “Pretidão de Amor”.
A hipérbole, que consiste no exagero de uma ideia, como em “Nem no campo flores, / Nem no céu estrelas / Me parecem belas / Como os meus amores”.
A aliteração, que consiste na repetição de sons consonantais, como em “Pretos os cabelos”.
A metáfora, que consiste na substituição de um termo por outro com o qual guarda semelhança, como em “Uma graça viva”.

Com base nos textos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, analise as afirmativas a seguir e assinale com V as Verdadeiras e com F as Falsas.

( ) É considerado um intertexto todo aquele texto que cruza com outro texto e estabelece com este uma inter-relação nova e singular. Dessa forma, pode-se afirmar que os Textos 1 e 2 são considerados um intertexto.

( ) O Texto 3 se trata de um cartaz sobre uma campanha publicitária promovida pelo Ministério da Educação, em 2003. Nele se observa a predominância de uma função da linguagem, que é a função emotiva ou expressiva.

( ) O Texto 4 é um trecho do poema lírico do Barroco brasileiro, o qual narra os feitos heroicos de Diogo Álvares Correia, que ensina aos índios tupinambás as leis e a cultura dos europeus. Esse poema foi parodiado no filme Caramuru – A Invenção do Brasil, conforme está indicado no Texto 5.

( ) A paródia é a recriação de um texto com a finalidade de ironizar, criticar, provocar humor, satirizar um outro texto que serviu de referência. Assim, pode-se afirmar que o Texto 6 é um exemplo de paródia.

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

É considerado um intertexto todo aquele texto que cruza com outro texto e estabelece com este uma inter-relação nova e singular. Dessa forma, pode-se afirmar que os Textos 1 e 2 são considerados um intertexto.
O Texto 3 se trata de um cartaz sobre uma campanha publicitária promovida pelo Ministério da Educação, em 2003. Nele se observa a predominância de uma função da linguagem, que é a função emotiva ou expressiva.
O Texto 4 é um trecho do poema lírico do Barroco brasileiro, o qual narra os feitos heroicos de Diogo Álvares Correia, que ensina aos índios tupinambás as leis e a cultura dos europeus. Esse poema foi parodiado no filme Caramuru – A Invenção do Brasil, conforme está indicado no Texto 5.
A paródia é a recriação de um texto com a finalidade de ironizar, criticar, provocar humor, satirizar um outro texto que serviu de referência. Assim, pode-se afirmar que o Texto 6 é um exemplo de paródia.
a) V – V – F – V
b) F – V – V – F
c) F – F – V – F
d) V – F – V – F
e) V – F – F – V

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