2) Influenciados pelo ponto de vista de Charcot quanto à origem traumática da histeria estávamos de pronto inclinados a aceitar como verdadeiras e ...

2) Influenciados pelo ponto de vista de Charcot quanto à origem traumática da histeria estávamos de pronto inclinados a aceitar como verdadeiras e etiologicamente importantes as declarações dos pacientes que atribuíam seus sintomas a experiências sexuais passivas nos primeiros anos da infância – em outras palavras, à sedução. Quando essa etiologia desmoronou sob o peso de sua própria improbabilidade e contradição em circunstâncias definitivamente verificáveis, ficamos, de início, desnorteados. A análise nos tinha levado até esses traumas sexuais infantis pelo caminho certo e, no entanto, eles não eram verdadeiros” (FREUD, S. (1914/2006). “A história do movimento psicanalítico”. In: Obras Completas, vol. XIV, p.27. RJ: Imago). Freud afirma que as experiências passivas de sedução seriam improváveis. Esse fato foi uma das razões que o levaram a descartar a teoria da sedução. No entanto, Freud também elencou outras justificativas. Assinale a alternativa que apresenta outro argumento freudiano para o abandono da teoria da sedução a) A rejeição da opinião pública e de parte do meio acadêmico a uma teoria que atribui a neurose a atos perversos praticados pelos pais impôs a Freud uma revisão de seu ponto de vista inicial. b) Como na psicanálise a teoria e a técnica são inseparáveis, o fracasso do uso da técnica de hipnose com alguns pacientes também assinalava um limite para a teoria da sedução c) A recordação das cenas de sedução muitas vezes ocorria sem que acontecesse a esperada “ab-reação”, que é uma condição fundamental para a melhora do paciente d) Freud descobre que as experiências infantis não eram tão relevantes na determinação da neurose, sendo o mais importante determinar o sentido atual dos sintomas e) Mesmo quando o paciente lembra das cenas de sedução, a cura esperada não ocorre: os sintomas persistem, indicando uma questão recalcada que insistia em se expressar, por não haver sido ainda abordada pela análise