Miguel Reale costumava afirmar que em um país duas são as leis fundamentais: de um lado a Constituição, estruturando o Estado e de outro lado o Cód...

Miguel Reale costumava afirmar que em um país duas são as leis fundamentais: de um lado a Constituição, estruturando o Estado e de outro lado o Código Civil, que em sua percepção é a ¿Constituição do homem comum¿. Em virtude dessa percepção sobre a codificação civil é possível afirmar que:

(a) Questões ainda não consolidadas na doutrina e na jurisprudência, embora já sejam fatos sociais, não podem ser previstas em codificações, justamente pela falta de unanimidade.

(b) O Código é a representação do conjunto de valores impresso no tecido social e que o legislador deve sistematizar.

(c) O Código Civil deve ser compreendido como uma lei completa e perfeita.

(d) O Código Civil não deve analisar de forma crítica os fatos pretéritos, buscando formular um pensamento com bases sólidas sobre o que se pretende no futuro.

(e) O Código Civil, por ser o centro das relações privadas, não admite a complementação de assuntos em outros tipos normativos.