Antes do início do século XX, era corriqueiro e permitido, nas diversas sociedades, o uso de substâncias hoje proibidas. Foi apenas com a Conferência de Xangai, em 1909, e a Convenção de Haia, em 1912 (também conhecida como Primeira Convenção do Ópio), que a comunidade internacional passou a adotar entendimento sobre a nocividade dessas substâncias e a necessidade de extirpar seu uso da sociedade.

Naquele momento, diversos Estados, entre eles o brasileiro, declararam guerra ao uso de drogas, manejando o Direito por meio do aporte de sucessivas e cada vez mais rígidas normas de repressão e punição da conduta social. Constata-se, atualmente, que o Estado está perdendo essa guerra, sendo necessária a tomada de decisões que modifiquem a política pública quanto às drogas.

Sabe-se que o Brasil é uma sociedade que vem sendo atingida profundamente por essas mazelas, mas a política estatal, e essencialmente o Direito, parece dar sinais trocados aos indivíduos. Ao mesmo tempo: (I) ampliou-se a repreensão aos crimes relacionados ao tráfico de drogas, inclusive com a equiparação à hediondez e previsão constitucional no art. 5º, XLIII, de que o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins deve ser considerado em lei como crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia; e (II) está-se discutindo a descriminalização na Suprema Corte.

Acompanhe na imagem a seguir sobre qual temática você precisa refletir em seu âmbito profissional.

Com base no que foi estudado por você na Unidade de Aprendizagem, quais usos podem ser dados ao Direito para o fato social da falência da guerra às drogas?