Trata-se de um caso de execução extrajudicial de garantia fiduciária, prevista na Lei nº 9.514/97, em que a devedora deixou de pagar as parcelas do empréstimo concedido pelo Banco XXG e, após a consolidação da propriedade do imóvel em favor do banco, a devedora ajuizou ação condenatória para receber a diferença entre o valor do imóvel e das parcelas pagas. Para a defesa do Banco XXG, caberia a interposição de recurso de apelação, no prazo de 15 dias, contados da publicação da sentença, nos termos do art. 1.003 do Código de Processo Civil. No recurso, o Banco XXG deverá alegar que a sentença proferida pelo juiz de primeira instância violou a Lei nº 9.514/97, que prevê a possibilidade de consolidação da propriedade do imóvel em favor do credor fiduciário em caso de inadimplemento do devedor, bem como a jurisprudência dos tribunais superiores que tem entendido que a consolidação da propriedade do imóvel em favor do credor fiduciário extingue a dívida, não havendo, portanto, qualquer direito à restituição de valores pelo devedor. Além disso, o Banco XXG deverá impugnar a concessão da justiça gratuita à devedora, demonstrando que ela possui patrimônio suficiente para arcar com as custas processuais e os honorários advocatícios. Por fim, o recurso deverá ser fundamentado com base na legislação vigente e na jurisprudência dos tribunais superiores, buscando demonstrar que a sentença proferida pelo juiz de primeira instância não está em conformidade com o ordenamento jurídico.
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