Hilton Japiassu, no livro “A revolução científica moderna”, afirma que a evolução da sociedade europeia, especialmente a partir do século XIV, não ...

Hilton Japiassu, no livro “A revolução científica moderna”, afirma que a evolução da sociedade europeia, especialmente a partir do século XIV, não somente criou as condições necessárias para o surgimento de um novo saber, o científico, como a necessidade desse saber. Esta afirmação baseia-se na ideia de que:
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A A ciência torna-se possível porque, com o surgimento do capitalismo e da burguesia, uma nova forma de pensar, quantitativa e experimental emerge, que carrega consigo novas práticas técnicas e financeiras, que requerem uma forma específica de compreender e se apropriar da sociedade.
A ciência é produto de uma cultura, e não um caminho aleatório e inevitável. O fim das sociedades feudais, as revoluções industriais e o surgimento da sociedade capitalista configuram o quadro que possibilita o enfraquecimento da Igreja e dos saberes religiosos e dá espaço para o surgimento da ciência. A própria configuração social que surge daí demanda novas formas de compreender e utilizar a natureza.
Se foi uma forma de pensar específica, burguesa, que possibilita a emergência da ciência, esta nova forma traz consigo novas práticas que a exigem.

B A burguesia, enquanto classe emergente preponderante deste período, cria a ciência como nova forma de compreender e utilizar a natureza, visando especificamente sua manutenção no poder e seu enriquecimento.

C Ainda que o surgimento da ciência fosse inevitável no curso do desenvolvimento da sociedade de então, sua manutenção precisou ser reforçada pela classe burguesa, passando a ser necessária como uma garantia do controle do pensamento religioso.

D Uma nova forma de compreender a sociedade e a natureza era necessária, e por isso a ciência emerge, mesmo que as condições para tal tenham que ter sido criadas pela burguesia.

A ciência torna-se possível porque, com o surgimento do capitalismo e da burguesia, uma nova forma de pensar, quantitativa e experimental emerge, que carrega consigo novas práticas técnicas e financeiras, que requerem uma forma específica de compreender e se apropriar da sociedade.
A ciência é produto de uma cultura, e não um caminho aleatório e inevitável. O fim das sociedades feudais, as revoluções industriais e o surgimento da sociedade capitalista configuram o quadro que possibilita o enfraquecimento da Igreja e dos saberes religiosos e dá espaço para o surgimento da ciência. A própria configuração social que surge daí demanda novas formas de compreender e utilizar a natureza.
Se foi uma forma de pensar específica, burguesa, que possibilita a emergência da ciência, esta nova forma traz consigo novas práticas que a exigem.
Ainda que o surgimento da ciência fosse inevitável no curso do desenvolvimento da sociedade de então, sua manutenção precisou ser reforçada pela classe burguesa, passando a ser necessária como uma garantia do controle do pensamento religioso.
Uma nova forma de compreender a sociedade e a natureza era necessária, e por isso a ciência emerge, mesmo que as condições para tal tenham que ter sido criadas pela burguesia.
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