Prezada Fabiane Moreira, Com base nas informações apresentadas, é possível afirmar que a eliminação da candidata do concurso público para o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro foi ilegal e violou seus direitos fundamentais. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso II, estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Além disso, o artigo 7º, inciso XVIII, garante a licença-maternidade de 120 dias para as trabalhadoras. No caso em questão, não havia previsão no edital do concurso de que gestantes não poderiam participar do certame. Além disso, a candidata apresentou atestados médicos e exames laboratoriais que comprovavam sua condição de gestante e a impossibilidade de realizar o Teste de Aptidão Física (TAF) na data designada pela organização do concurso. Dessa forma, é possível afirmar que a eliminação da candidata do concurso foi discriminatória e violou seus direitos fundamentais, especialmente o direito à igualdade e o direito à maternidade. Assim, é possível pleitear a manutenção da candidata no concurso e a realização do TAF após o período de gestação. Cabe ressaltar que a legislação estadual do Rio de Janeiro também garante a proteção dos direitos das gestantes. A Lei Estadual nº 3.524/2000, por exemplo, estabelece que as gestantes têm direito a tratamento diferenciado em concursos públicos, desde que a condição não seja impeditiva para o exercício das funções. Diante do exposto, é possível concluir que a eliminação da candidata do concurso público para o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro foi ilegal e discriminatória, sendo possível pleitear a manutenção da candidata no certame e a realização do TAF após o período de gestação. Atenciosamente, [Seu nome] Advogado(a) especialista em Direitos Humanos.
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