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\\Na qualidade de advogado(a) especialista em Direitos Humanos, responda ao questionamento abaixo, realizado pela cliente Fabiane Moreira, que comp...

\\Na qualidade de advogado(a) especialista em Direitos Humanos, responda ao questionamento abaixo, realizado pela cliente Fabiane Moreira, que compareceu ao seu escritório, em busca de um Parecer Jurídico, para utilização futura em demanda judicial, considerando que foi ilegalmente eliminada do concurso público para o Corpo de Bombeiros. A sua cliente se inscreveu no concurso público para o cargo de Cabo Técnico de Enfermagem do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, e durante a evolução das etapas do concurso ela engravidou e por esta razão não pode se submeter ao teste de aptidão física, já que tinha expressas recomendações médicas para que evitasse esforços físicos. Assim, ela deixou de realizar o Teste de Aptidão Física (TAF), na data designada pela organização do concurso, em razão de sua gravidez. Contudo, apesar de todas as explicações e atestados médicos e exames laboratoriais apresentados a comissão do concurso, a Banca organizadora a elimonou do certame. Importante esclarecer que no Edital não existia previsão de que gestantes não poderiam participar do concurso. Com base nesta afirmativa faça um PARECER sobre a possibilidade da manutenção da candidata no concurso, para realizar o teste físico após a gestação, apontando a legislação estadual sobre o tema.

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Prezada Fabiane Moreira, Com base nas informações apresentadas, é possível afirmar que a eliminação da candidata do concurso público para o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro foi ilegal e violou seus direitos fundamentais. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso II, estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Além disso, o artigo 7º, inciso XVIII, garante a licença-maternidade de 120 dias para as trabalhadoras. No caso em questão, não havia previsão no edital do concurso de que gestantes não poderiam participar do certame. Além disso, a candidata apresentou atestados médicos e exames laboratoriais que comprovavam sua condição de gestante e a impossibilidade de realizar o Teste de Aptidão Física (TAF) na data designada pela organização do concurso. Dessa forma, é possível afirmar que a eliminação da candidata do concurso foi discriminatória e violou seus direitos fundamentais, especialmente o direito à igualdade e o direito à maternidade. Assim, é possível pleitear a manutenção da candidata no concurso e a realização do TAF após o período de gestação. Cabe ressaltar que a legislação estadual do Rio de Janeiro também garante a proteção dos direitos das gestantes. A Lei Estadual nº 3.524/2000, por exemplo, estabelece que as gestantes têm direito a tratamento diferenciado em concursos públicos, desde que a condição não seja impeditiva para o exercício das funções. Diante do exposto, é possível concluir que a eliminação da candidata do concurso público para o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro foi ilegal e discriminatória, sendo possível pleitear a manutenção da candidata no certame e a realização do TAF após o período de gestação. Atenciosamente, [Seu nome] Advogado(a) especialista em Direitos Humanos.

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