As dificuldades de investigar o que as pessoas querem, a maneira como agem ou a maneira como fazem suas escolhas eram conhecidas muito antes do surgimento do neuromarketing. Mesmo quando as pessoas honestas tendem a agradar o entrevistador, elas descrevem a maneira como acreditam que agem e, elas têm memória seletiva para manipular os outros e proteger-se. Isso levou à falta de confiabilidade das respostas dos sujeitos. O neuromarketing se beneficiou dessa lacuna de confiabilidade e preencheu tal lacuna. O neuromarketing é um campo interdisciplinar baseado em pesquisa neuroeconômica, mas com objetivos pragmáticos, como aumento de vendas, aprimoramento de técnicas de marketing ou publicidade. O acesso direto às reações inconscientes do corpo ou às estruturas neurais, não filtradas pela mente consciente, foi considerado mais digno de confiança do que qualquer fala. Além disso, essa abordagem pode permitir entendermos não apenas o que as pessoas querem, mas também como seus desejos são construídos. O processo de conhecimento começa com a coleta de dados, a interpretação dos resultados, o desenvolvimento de uma teoria e a validação das previsões feitas. Qualquer campo científico maduro atende a essas etapas em maior medida. Infelizmente, o neuromarketing não consegue cumprir essas etapas todas as vezes. Mas o neuromarketing não deve ser considerado ciência, embora algumas de suas descobertas possam contribuir para o campo científico. O neuromarketing tenta ir além das limitações do rigor acadêmico. O foco no neuromarketing está nos resultados preditivos, e não na explicação deles. As explicações são úteis desde que suportem melhores previsões. Dessa forma, as questões éticas serão mais facilmente evitadas. Mas, para ver as ameaças, precisamos entender bem as possibilidades do neuromarketing.
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