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Em sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, o filósofo alemão Immanuel Kant aprimora a compreensão do conceito de liberdade, levando a re...

Em sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, o filósofo alemão Immanuel Kant aprimora a compreensão do conceito de liberdade, levando a reflexão de um plano puramente teorético para o prático. Vejamos:

 

Digo, pois: todo o ser que não pode agir senão sob a ideia da liberdade é por isso mesmo, em sentido prático, verdadeiramente livre, quer dizer, para ele valem todas as leis que estão inseparavelmente ligadas à liberdade, exatamente como se a sua vontade fosse definida como livre em si mesma e de modo válido na filosofia teórica. Agora afirmo eu: a todo o ser racional que tem uma vontade temos que atribuir-lhe necessariamente também a ideia da liberdade, sob a qual ele unicamente pode agir. Pois num tal ser pensamos nós uma razão que é prática, quer dizer, que possui causalidade em relação aos seus objetos. Ora é impossível pensar uma razão que com a sua própria consciência recebesse de qualquer outra parte uma direção a respeito dos seus juízos, pois que então o sujeito atribuiria a determinação da faculdade de julgar não à sua razão, mas a um impulso (A 100-101).


KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1988.

 

Considerando o trecho acima, extraído da obra de Kant, analise as assertivas abaixo e a relação proposta entre elas.

 

I. A lei moral só serve de lei para os seres humanos na medida em que vale para os seres racionais em geral e independe, por conseguinte, de qualquer condição particular da natureza humana.

 

PORQUE

 

II. Enquanto permanecer inteiramente racional, não há para o ser humano possibilidade de agir senão sob a ideia da liberdade, de modo a fazer dessa ideia a condição de todas as suas ações.

 

Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.

A) 

As asserções I e II são proposições falsas.

B) 

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

C) 

As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.

D) 

A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.

E) 

As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.


💡 1 Resposta

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A alternativa correta é a letra E) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. A primeira asserção é verdadeira, pois a lei moral é universal e independe de qualquer condição particular da natureza humana. A segunda asserção também é verdadeira, pois a liberdade é uma condição necessária para a ação humana. No entanto, a segunda asserção não é uma justificativa da primeira, pois a ideia da liberdade não é a única condição para a validade da lei moral.

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