A prisão preventiva e a prisão temporária são medidas cautelares que visam garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal. Embora tenham objetivos semelhantes, existem diferenças importantes entre elas. Abaixo, seguem as principais diferenças entre a prisão preventiva e a prisão temporária: 1. Momento de decretação: A prisão temporária é decretada durante a fase de investigação, quando ainda não há uma sentença condenatória. Já a prisão preventiva pode ser decretada tanto na fase de investigação quanto na fase processual, após a sentença condenatória. 2. Prazos: A prisão temporária tem um prazo máximo de 5 dias, prorrogável por mais 5 dias em caso de crime hediondo. Já a prisão preventiva não tem um prazo máximo definido, podendo ser revogada a qualquer momento. 3. Requisitos legais: A prisão preventiva só pode ser decretada quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria, além da presença de um dos seguintes requisitos: garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. Já a prisão temporária só pode ser decretada quando houver indícios suficientes de autoria e prova da materialidade do crime, além da presença de um dos seguintes requisitos: imprescindibilidade para as investigações, garantia da ordem pública ou conveniência da instrução criminal. 4. Hipóteses de admissibilidade: A prisão preventiva pode ser decretada em qualquer tipo de crime, desde que presentes os requisitos legais. Já a prisão temporária só pode ser decretada em casos específicos, como crimes hediondos, tráfico de drogas, crimes contra o sistema financeiro, entre outros. É importante ressaltar que tanto a prisão preventiva quanto a prisão temporária devem ser decretadas com base em fundamentação concreta e em respeito aos direitos fundamentais do acusado, como a presunção de inocência e o devido processo legal.
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