Keynes (op. cit. Rossetti, 1982, p. 647) indica que na crise de 1929, “a queda da procura agregada de bens de consumo não foi compensada, no período, por uma correspondente expansão da oferta agregada de bens de capital. O mesmo raciocínio aplica-se a uma possível flexibilidade da remuneração dos fatores produtivos”. Uma redução dos salários diminuirá o poder aquisitivo total e levará à expectativa de novas reduções, cujo efeito será mais depressivo do que estimulante. Ademais, como mostra a Teoria Geral de Keynes, exceto em uma comunidade socializada onde os salários são fixados por decreto, não há meio de se assegurarem reduções uniformes de salários para todas as categorias de mão de obra. Por isso, temos que os estudos de Keynes permitiram relacionar: a. Crises financeiras, com políticas econômicas heterodoxicas, especialmente aquelas excessivamente preocupadas com déficits públicos e crescimento da dívida pública. b. Crises econômicas, de modo geral, revelam uma crise do próprio modelo neoclássico keynesiano, em que falharam os princípios de eficiência dos mercados e sua capacidade de autorregulação. c. A Renda Nacional (montante dos rendimentos recebidos pelos habitantes do país a título de remuneração dos fatores de produção) ao emprego. Se a renda das pessoas aumenta, eleva-se a sua disposição em direcionar parte desses recursos em gastos em bens e serviços. Isso repercutirá no aumento do Produto Nacional e no Produto Interno Bruto. d. Que, para os keynesianos, as crises pelo mundo, de modo geral, revelam uma crise do próprio modelo liberal, em que falharam os princípios de eficiência dos mercados e sua capacidade de autorregulação. e. O pensamento clássico-keynesiano, não considera princípios de eficiência dos mercados e a regulação governamental