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O Estado Alfa, uma das Unidades da Federação, buscando utilizar tributo em função distributiva, redistribuindo a renda entre os cidadãos do Estado,...

O Estado Alfa, uma das Unidades da Federação, buscando utilizar tributo em função distributiva, redistribuindo a renda entre os cidadãos do Estado, institui o imposto sobre grandes fortunas (IGF), por meio de lei complementar editada em março de 2019. A exação instituída afeta pessoas físicas cujo patrimônio (bens e direitos) maior do que R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), com fato gerador em 31 de dezembro de cada ano. Jonas, um dos maiores milionários do Estado, por possuir patrimônio em valor bem acima ao estipulado na lei, apurou e recolheu o IGF em todos os anos. Em 2023, começaram a surgir notícias nos veículos de comunicação informando que o pagamento do IGF seria indevido. Jonas procura o seu escritório de advocacia, para verificar qual a ação judicial mais adequada para que ele obtenha de volta os valores do IGF que acabou pagamento indevidamente. Considere que Jonas não possui nenhum interesse em compensação, bem como que inexiste previsão de tal instituto no Estado Alfa. Na qualidade de advogado(a), responda: a) Qual a medida judicial mais adequada?

💡 2 Respostas

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Thamiris Rodrigues

A respeito dos Impostos, a resposta correta é a Alternativa E, porque a cobrança do Imposto é ilegal enquanto não for editada uma Lei Complementar que defina o fato gerador, a base de cálculo e o contribuinte. A ausência dessa lei complementar torna inviável a cobrança do imposto de forma legal.

Como são criados os Impostos?

De acordo com o artigo 146 da Constituição Federal, a criação de impostos sobre determinadas matérias exige a edição de Lei Complementar. O Código Tributário Nacional (CTN) também estabelece a necessidade de Lei Complementar para tratar de questões tributárias específicas.

Lei Complementar deve ser editada de acordo com o procedimento estabelecido na Constituição Federal e tem a finalidade de complementar dispositivos constitucionais que exijam uma regulamentação mais detalhada.

Já as demais alternativas estão erradas:

  • Alternativa A: A instituição do imposto sobre doações exige a edição de uma Lei Complementar para definição de fato gerador, base de cálculo e contribuinte.

  • Alternativa B: A edição de uma Lei Complementar é necessária para definir as questões relacionadas ao ITD e não é inconstitucional, pois está em conformidade com a competência tributária dos Estados.

  • Alternativa C: A Lei Complementar não pode ser substituída por Medida Provisória, pois a Medida Provisória possui um procedimento próprio e regras específicas, não podendo suprir a necessidade de uma lei complementar.

  • Alternativa D: A competência para instituir o ITCMD é dos Estados, não envolvendo competência concorrente com a União Federal.


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A medida judicial mais adequada para Jonas seria a propositura de uma ação de repetição de indébito tributário, que tem como objetivo a restituição do valor pago indevidamente a título de tributo. Nesse caso, Jonas poderá requerer a devolução dos valores pagos a título de IGF, uma vez que a lei que instituiu o tributo foi declarada inconstitucional ou ilegal. É importante ressaltar que a ação de repetição de indébito deve ser proposta no prazo de 5 anos, contados a partir do pagamento indevido.

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