Antes da ruptura promovida pela visão universalizante do projeto moderno, a relação entre solução formal e programa se confundia com a ‘tipologia’ ...

Antes da ruptura promovida pela visão universalizante do projeto moderno, a relação entre solução formal e programa se confundia com a ‘tipologia’ da edificação. […] A tipologia seria a decantação no tempo de uma Ordenação formal histórica do programa, ou seja, na arquitetura de matriz tipológica forma e programa estão intimamente ligados, são uma coisa só. Com a dissolução moderna da programática institucional, a tipologia histórica deu lugar ao partido arquitetônico.”

O trecho descreve o impacto do período modernista na mudança do estigma de certos programas se tornarem tipologias arquitetônicas pré-definidas, em que forma e programa eram sinônimos. Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre funcionalidade e forma, pode-se afirmar que a forma pode expressar espacialmente infinitas soluções para dado programa porque:

1. as soluções de agrupamentos das formas são bem definidas e bastante limitadas, porém devem permitir a resolução do programa arquitetônico.
2. as formas mais complexas e orgânicas podem ser analisadas partindo de formas mais básicas e configuram-se em novas tipologias arquitetônicas.
3. o trabalho plástico em arquitetura pode proporcionar diversas boas soluções espaciais, desde que as necessidades do programa sejam compreendidas.
4. a plasticidade desenvolvida no partido deve considerar formas de sólidos mais simples para desenvolver o programa de maneira mais assertiva.
5. a solução formal do exterior na arquitetura deve ser expressa também em seu interior, do contrário trata-se de um equívoco na composição do todo.