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Caso clínico Senhora C., 34 anos de idade, casada há 8 anos com um advogado de 32 anos, tem dois filhos de 4 e 6 anos. Há um ano veio para psicoter...

Caso clínico Senhora C., 34 anos de idade, casada há 8 anos com um advogado de 32 anos, tem dois filhos de 4 e 6 anos. Há um ano veio para psicoterapia queixando-se da falta de desejo sexual. Dizia que amava o marido, um homem honesto e trabalhador, porém tinha dificuldade de se envolver sexualmente. Costumava evitar suas investidas sexuais, pois o ato sexual lhe era muito aversivo. Via a manifestação de afeto do marido e o seu romantismo com grande descrença e por isso se irritava e chorava, o marido não suportando a sua reação dormia no sofá. Situação essa que se tornou insustentável pois o marido ameaçou sair de casa, motivo pelo qual havia procurado psicoterapia. O terapeuta diante do discurso apresentado pela senhora C. disse que ela parecia estar diante de um grande conflito que estava perturbando seu relacionamento: ao mesmo tempo que sentia amor pelo marido experimentava uma aversão em relação ao relacionamento sexual. A senhora C. consentiu com a cabeça chorosa, dizendo que começou a manifestar a falta de desejo sexual com o marido após sofrer uma tentativa de assédio sexual pelo seu chefe, um homem completamente asqueroso. Lembrou-se então de uma experiência dolorosa: dos seis aos doze anos de idade, um primo, cinco anos mais velho do que ela costumava pressioná-la para ter atividades sexuais contra a sua vontade. Começa a chorar compulsivamente...dizendo:” o que vão pensar de mim, acho que você deve me achar uma pessoa desqualificada” O terapeuta estende a mão e lhe diz: Compreendo que suas lembranças são muito dolorosas, mas você não teve nenhuma culpa por ter sofrido o assédio. Você não é uma pessoa má, sinto muito que tenha passado por essa experiência... Era apenas criança e não tinha noção do que estava acontecendo. A senhora C se mostra aliviada e diz: - “acho que descobri algo: a preocupação com os julgamento das outras pessoas...fui educada por uma família de classe média que embora me desse carinho, tinhas valores morais muito rígidos, nunca consegui contar aos meus pais, o que aconteceu, tinha medo de perder o amor deles e ser julgada por eles como uma pessoa suja, uma vagabunda. O terapeuta comenta que ela parecia estar colocando o marido no lugar desse chefe e do seu primo. Ela diz: “não havia pensado nisso, mas está fazendo todo sentido para mim” Após reconhecer os motivos de sua falta de desejo sexual e de sua aversão, recriminou-se por ter sido insensível e injusta com o marido, resgatando seu afeto e seu amor. Reconciliou-se com o marido, voltando a viver harmoniosamente.

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O caso clínico apresentado descreve a história de uma mulher chamada Senhora C., que procurou ajuda psicológica por falta de desejo sexual em seu relacionamento com o marido. Durante a terapia, ela descobriu que sua aversão ao sexo estava relacionada a experiências traumáticas de abuso sexual na infância e a um episódio de assédio sexual no trabalho. Com a ajuda do terapeuta, ela conseguiu entender suas emoções e reconciliar-se com o marido, recuperando seu afeto e amor.

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