A percepção é normalmente estudada em sua manifestação bioquímica, isto é, aquela processada pelo cérebro a partir da detecção do estímulo e da sua...

A percepção é normalmente estudada em sua manifestação bioquímica, isto é, aquela processada pelo cérebro a partir da detecção do estímulo e da sua transformação em impulso nervoso. A percepção é também estudada como a manifestação das características pessoais, da personalidade do sujeito que percebe, observa e age no mundo. Esses são processos integrados e fundamentais para o estudo da percepção. Há outra vertente das abordagens da percepção que complementa as anteriormente citadas, relacionando-as com a vida cotidiana: a chamada percepção social. Essa vertente está baseada na integração entre fatores hereditários e de aprendizagem para o entendimento dos processos perceptivos. As crianças, desde pequenas, antes mesmo de terem vivenciado situações reais de perigo, demonstram comportamentos defensivos, como se agarrar à mão do médico no momento em que nascem e são submetidas a testes de reflexos. A experiência, posteriormente, ensinará essas crianças a se defenderem de muitas outras formas, e, quanto mais estiverem atentas aos perigos, mais serão aptas a enfrentá-los. Vê-se claramente a predisposição inata e a aprendizagem, integradas, influenciando a percepção do mundo. A percepção social deriva das predisposições e aprendizagens, ensina a viver e condiciona os relacionamentos. A percepção aplicada aos relacionamentos humanos pressupõe pré-julgamentos que uns fazem dos outros. O psicólogo atua em situações de percepção social, como na seleção de pessoal em organizações, no desenvolvimento de equipes e até mesmo no atendimento clínico. Nessas situações, constantemente é chamado a entender as percepções dos pacientes e clientes a respeito de outras pessoas. Nesse sentido, imagine a situação a seguir: