A historiografia atual sobre a passagem do trabalho escravo indígena para o trabalho escravo africano indica que as informações presentes no livro didático de 1968 estão incorretas. O livro de 1968 apresenta uma visão simplificada e eurocêntrica da escravidão no Brasil, que não leva em conta a complexidade das relações sociais e econômicas da época. Por exemplo, o livro de 1968 sugere que a escravidão africana foi adotada porque os africanos eram mais resistentes ao trabalho do que os índios, o que não é verdade. As razões econômicas para a mudança do trabalho escravo indígena para o africano estão relacionadas à importância do tráfico negreiro no contexto do "Pacto colonial" e à demanda por mão de obra nas plantações. O "Pacto colonial" era um acordo entre Portugal e suas colônias que estabelecia que as colônias deveriam comprar produtos manufaturados de Portugal e vender matérias-primas para o país. Para manter esse acordo, as colônias precisavam produzir grandes quantidades de produtos agrícolas, como açúcar, tabaco e algodão. A demanda por mão de obra nas plantações era muito alta, e a escravidão africana se tornou uma opção mais viável do que a escravidão indígena, que estava em declínio. Os quilombos eram comunidades formadas por escravos africanos fugitivos que se estabeleciam em áreas remotas e de difícil acesso. Essas comunidades eram uma forma de resistência dos escravizados africanos contra a escravidão. Os quilombos eram autônomos e tinham suas próprias regras e líderes. Eles também eram uma ameaça para o sistema escravista, pois os escravos fugitivos podiam se unir e organizar ataques contra as plantações. Os quilombos mais famosos foram o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, e o Quilombo do Ambrósio, em Minas Gerais.
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