Na década de 1980, a leitura dos escritos de Antonio Gramsci pelos educadores brasileiros foi alimentada pelos ares de abertura política que permitiam que o marxismo fosse livremente estudado e debatido nas escolas. A particular concepção revolucionária de Gramsci, que privilegiava a “guerra de posições” à “guerra de movimentos”, se adequava melhor às esquerdas brasileiras que abandonavam a experiência das guerrilhas urbanas e rurais. Os textos de Gramsci foram lidos pela ótica althusseriana, cujo método estruturalista-marxista bem conhecemos, e por isso, Gramsci foi visto majoritariamente como um engenheiro social, capaz política e tecnicamente de nos oferecer a fórmula para a construção do Brasil socialista, governado pela classe trabalhadora.
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