Buscar

Santo Inácio de Loyola (1491-1556) deixou a Autobiografia com a qual podemos conhecer um pouco mais de suas inspirações. Na obra, sobre a Educação,...

Santo Inácio de Loyola (1491-1556) deixou a Autobiografia com a qual podemos conhecer um pouco mais de suas inspirações. Na obra, sobre a Educação, ele afirma: “exercitava-se em dar exercícios espirituais e a declarar a doutrina cristã, e com isso fazia-se fruto para a glória de Deus. E houve muitas pessoas que chegaram a grande conhecimento e gosto de coisas espirituais.” (AUTOBIOGRAFIA, Santo Inácio de Loyola) O exercício do ensinar e do aprender não podia ser para si, mas para conduzir, para levar os outros à divindade, à salvação. O princípio máximo jesuítico era ensinar o caminho da salvação e, para isso, era necessário ser educado, direcionado. Os jesuítas eram considerados uma ordem militar. Sua missão era converter os povos não cristãos e desde sua origem aproximaram-se da Educação, seguindo o que ficou conhecido como metodologia inaciana, em referência ao fundador da ordem, Inácio de Loyola. Sua pedagogia estava fundamentada no Ratio Studiorum, publicado em 1599. Com o estabelecimento do Ratio Studiorum, os jesuítas ganharam uma importante ferramenta pedagógica. Esse manual determinava não só os conteúdos e as disciplinas que deveriam ser ministrados, mas se detinha de forma detalhada na própria prática docente que seria aplicada pelos membros da ordem. José de Anchieta e a Educação no Brasil Anchieta foi um dos precursores do processo de educação no Brasil, estando no entorno da fundação de algumas das principais cidades, como Rio de Janeiro, e ativo em Salvador e São Vicente. Organizou missões entre os Tapuias e coordenava as terras e ações jesuíticas no Brasil. O modelo de constituir missões e colégios nos quais os membros do corpo jesuítico se organizavam e estruturavam a sua presença foi outra marca importante, sendo Anchieta figura vital para entender a fundação da cidade de São Paulo (ainda chamada de marco zero), com o estabelecimento do colégio jesuíta na cidade. No Rio de Janeiro, os jesuítas ocupavam o Morro do Castelo e possuíam algumas grandes propriedades de terra, nas quais mantinham um sistema econômico e sua busca de troca e catequização dos indígenas. Chama a atenção a variedade dessas atuações ao longo de todo litoral, sendo considerados salvadores e inimigos, aliados do governo e grupos perigosos ao longo de nosso período colonial. Por quê? Onde existia interesse na escravização de indígenas, como nas fronteiras do Norte e de São Paulo, sua atuação era vista como um problema, um empecilho econômico. Em áreas de conflito, o seu uso como interlocutores era visto como uma possibilidade de ocupação e dinamização com o território. Anchieta é notório pelas práticas empreendidas. O volume de cartas trocadas entre ele e a sede da ordem na França, permite-nos perceber o cotidiano. Anchieta é precursor também do estudo do vocabulário Tupi, criando um dicionário, o que demonstra a tentativa que somente muitos anos depois veríamos ser defendida em nossa República. A catequese e a tentativa de levar o texto de forma didática é outro elemento importante, com a adoção do teatro e das dinâmicas do lúdico para entendimento.


Essa pergunta também está no material:

AULA 03
28 pág.

História da Educação I

💡 1 Resposta

User badge image

Ed Verified user icon

Qual é a metodologia inaciana e qual é a importância de José de Anchieta para a educação no Brasil?

0
Dislike0

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

✏️ Responder

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta

User badge image

Outros materiais