Durante o período de alta inflação (80-84), houve um intenso debate sobre o desequilíbrio das contas do governo. Duas correntes principais participaram desse debate: os monetaristas e os estruturalistas. Os monetaristas defendiam que a inflação era causada pelo excesso de emissão de moeda pelo governo. Eles recomendavam uma política monetária mais restritiva, com redução da emissão de moeda e aumento das taxas de juros, para controlar a inflação e equilibrar as contas do governo. Já os estruturalistas argumentavam que a inflação era causada por problemas estruturais na economia brasileira, como a falta de competitividade da indústria nacional e a dependência de importações. Eles recomendavam uma política industrial mais ativa, com incentivos à produção nacional e medidas de proteção à indústria nacional, para estimular o crescimento econômico e reduzir a inflação. Ambas as correntes tiveram influência na formulação das políticas econômicas adotadas na época, mas os monetaristas acabaram prevalecendo, com a adoção de medidas de austeridade fiscal e monetária para controlar a inflação.
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