Quando avaliamos um paciente com comprometimento neurológico existem muitos pontos importantes a serem avaliados. Você já aprendeu neste tópico com...
Quando avaliamos um paciente com comprometimento neurológico existem muitos pontos importantes a serem avaliados. Você já aprendeu neste tópico como avaliar a postura, o movimento, incluindo motricidade voluntária, involuntária e o tônus muscular. Neste momento, focaremos no exame da sensibilidade, que ajuda o fisioterapeuta a compreender a extensão da lesão e a mapeá-la, além de conferir maior segurança ao fisioterapeuta na escolha da conduta a ser tomada. Por exemplo, se um paciente não conseguir distinguir a temperatura (calor e frio) em um exame de sensibilidade, o fisioterapeuta deverá ter cautela na escolha dos procedimentos que utilizará no tratamento. Os estímulos que recebemos atuam sobre os órgãos receptores do corpo, sejam eles superficiais ou profundos. Os receptores são órgãos sensoriais especializados que transformam o estímulo mecânico, térmico, químico, elétrico, em mensagens aferentespara uso e planejamento na organização do corpo (PORTO, 2012). O comprometimento sensorial pode resultar de alguma lesão dos nervos periféricos, medula espinhal, queimaduras, acidente vascular encefálico, entre outros (JULIÃO, 1941). Porto (2012) afirma que o exame da sensibilidade exige paciência, método e uso de material adequado, além de estar atento às seguintes recomendações: o ambiente de avaliação deve ser silencioso e ter temperatura agradável; o paciente deve usar roupa adequada e, se necessário, deve ser despido; o paciente deve manter os olhos fechados durante o exame; o fisioterapeuta deve evitar sugerir a localização e/ou a natureza do estímulo aplicado durante a investigação, portanto, deve preferir as questões “está sentindo alguma coisa? O quê? Em qual região do corpo?”; deve-se comparar os estímulos em áreas homólogas e em vários locais do mesmo segmento; o tempo do exame deve ser limitado a fim de não causar impaciência. O exame da sensibilidade comumente envolve a sensibilidade superficial e profunda. A sensibilidade superficial envolve a sensibilidade tátil, térmica e dolorosa, enquanto a sensibilidade profunda envolve a sensibilidade cinético-postural (ou cinestesia), vibratória, localização e discriminação táteis (SMID; NITRINI, 2008).
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