Antônio é um jovem empreendedor, nascido em Maringá, no interior do Estado do Paraná e que cursou até o ensino médio. Já durante os estudos, começo...

Antônio é um jovem empreendedor, nascido em Maringá, no interior do Estado do Paraná e que cursou até o ensino médio. Já durante os estudos, começou a trabalhar em uma loja que comercializava acabamentos para a construção civil, como pisos e revestimentos. A primeira função desempenhada na empresa foi no setor de expedição de mercadorias, separando e entregando aos clientes as mercadorias que retiravam na loja, mas, com o tempo, surgiu uma vaga de vendedor e foi promovido. Naquela época, meados da segunda metade da década de 80, o mercado de construção civil em Maringá estava aquecido. Em 1986, foram construídos na cidade aproximadamente 950 mil metros quadrados, sendo que tal metragem só foi atingida novamente em 2010. Antônio almejava o cargo de gerente da organização, mas percebia que a preferência, recaía sobre seu colega Alfredo, que acabara de concluir curso superior. Infelizmente, após 1986, o fracasso dos sucessivos planos econômicos, o alto endividamento de curto prazo a juros altos e a não adequação à nova realidade econômica, levaram a empresa fechar as portas em 1995, um ano após a implantação do plano real. Antônio, prevendo as dificuldades da empresa e de crescimento profissional, decidiu sair no final de 1993. Nesse período, início da década de 90, as grandes lojas de materiais de construção e acabamentos da cidade fecharam ou se mudaram. Nesse cenário, Antônio encontrou dificuldades de recolocação. Dessa forma, Antônio convidou seu amigo Paulo, que administrava uma das empresas do segmento que fechou na cidade, para abrirem, no início de 1995, uma pequena loja na Avenida Colombo, em Maringá. Inicialmente, comercializavam pouca variedade de pisos e revestimentos. Assim, Antônio ficou encarregado do departamento comercial e Paulo, do setor administrativo e financeiro. Os primeiros anos foram difíceis, pois o mercado estava retraído, mas, a partir de 2005, o mercado começou a reagir, e a rentabilidade da empresa superou a média do mercado. Em 2012, a quantidade de metros quadrados construídos na cidade, superou a marca de 1986, ultrapassando 1,3 milhão. No entanto, em 2014, o setor entra em nova crise, sendo fechados 100 mil postos de trabalho no Brasil. Nesse ano, Paulo decide deixar a sociedade e Antônio assume inteiramente a empresa. Ficou acertado que Paulo receberia sua parte em dinheiro, pago em 24 parcelas, com recursos da própria empresa. Nesse mesmo momento, Antônio decide ampliar os negócios da empresa, mudando para um novo prédio, ainda na Avenida Colombo, mas com o dobro do tamanho. Aluga também um depósito para mercadorias nas proximidades. No final de 2015, Antônio procura sua empresa de consultoria para ajudá-lo a definir uma estratégia de preço, pois, segundo ele, as vendas caíram, e ele acredita que o preço que pratica não está adequado, tendo em vista que a lucratividade da empresa desapareceu. Segundo Antônio, o preço que está “colocando” nas mercadorias não está cobrindo as despesas, acredita que o cálculo do custo está errado. Breve contextualização do momento pelo qual passa a empresa de Antônio. O pagamento pela compra da parte do sócio descapitalizou a empresa. O investimento para troca do prédio e adequação foi realizado com recursos de curto prazo, principalmente com redução de estoque. O mercado sinaliza com redução das compras, pois o governo diminuiu os valores destinados a financiamentos do setor. Devido ao momento político e econômico pelo qual passa o país, alguns investimentos no setor estão sendo postergados. A loja está comemorando seus 20 anos, e, com a redução da atividade, está dispensando alguns colaboradores, mas, devido ao tempo de casa, as indenizações estão apresentando altos valores. Antônio está postergando algumas demissões, pois está sem caixa, aliás, já pegou várias linhas de crédito de curto prazo para honrar seus compromissos, e os bancos estão exigindo juros maiores em cada nova negociação. Os realizáveis de curto prazo, como cheques pré-datados e duplicatas a receber, já estão em poder dos bancos, como garantia de empréstimos. Apenas os valores referentes à venda com cartão de crédito ainda não foram negociadas. Como você poderia ajudar Antônio a redefinir a estratégia de preço?