Em regra, a sociedade é proibida de negociar com suas próprias ações. Contudo, há exceções em situações legalmente previstas. Ângelo é acionista d...

Em regra, a sociedade é proibida de negociar com suas próprias ações. Contudo, há exceções em situações legalmente previstas. Ângelo é acionista de uma sociedade. Em recente assembleia geral da qual ele participou, decidiu-se por realizar uma operação societária cujo objetivo é reposicionar a companhia no mercado de varejo. Nesse sentido, a deliberação dos acionistas autorizou a aquisição de outra companhia, cuja marca já é consolidada no mercado. Ocorre que Ângelo não concorda com essa decisão e, depois de muito refletir, optou por deixar a sociedade. Você é o consultor jurídico da companhia e é procurado por Ângelo, o acionista, que está preocupado com eventuais prejuízos que possa sofrer em decorrência da sua saída: ele quer saber como poderá ser ressarcido dos seus investimentos na sociedade. O que você explicará para Ângelo sobre essa situação?

Matemática

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FMU

Beatriz Meirelles

15/02/2024

Respostas

15.02.2024

Caro Ângelo, como consultor jurídico da companhia, informo que a sua saída da sociedade não implica em direito a ressarcimento dos seus investimentos. A deliberação dos acionistas em assembleia geral é soberana e, portanto, a aquisição da outra companhia foi uma decisão tomada de forma legal e legítima. Além disso, a proibição de negociação com as próprias ações é uma regra geral, mas existem exceções previstas em lei, como é o caso da operação societária realizada pela companhia. Sendo assim, a sua saída da sociedade não gera direito a ressarcimento, a menos que haja previsão expressa no contrato social ou em lei. É importante ressaltar que a saída de um acionista não afeta a continuidade da sociedade e nem a validade da operação societária realizada.