Leia o trecho a seguir: "As configurações do ethos profissional, em sua origem, condicionam a imagem e auto-representação do Serviço Social tradic...

Leia o trecho a seguir: "As configurações do ethos profissional, em sua origem, condicionam a imagem e auto-representação do Serviço Social tradicional: uma profissão mediada por valores humanistas, com forte apelo ético-moral. Disto, porém, não decorre um debate ético crítico permanente, nem tampouco uma produção teórica sistemática; com isso, a elaboração teórica da ética profissional fica basicamente restrita aos Códigos de Ética, o que só vem se alterar nos anos 90." BARROCO, M. L. Silva. Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2010, p. 95. A partir dessas informações e do conteúdo estudado acerca da crítica à epistemologia, podemos afirmar que a incorporação das epistemologias positivista e fenomenológica expressou à profissão as bases teóricas em vertentes distintas do processo de renovação profissional do Serviço Social brasileiro. Sobre esta análise, podemos inferir que: a crítica feita pelo Serviço Social à incorporação das epistemologias positivista e fenomenológica se efetiva, sobretudo, na crítica ao tradicionalismo e ao conservadorismo, vertentes que fizeram parte do processo de renovação da profissão. a crítica realizada pela categoria de profissionais é que todas as epistemologias se complementam formatando um todo que deve ser unificado, como a união entre a fenomenologia, o positivismo e o marxismo. as vertentes de inspiração positivista e fenomenológica até hoje são utilizadas como hegemônicas no campo do Serviço Social crítico. as entidades representativas do Serviço Social brasileiro realizaram a crítica a epistemologias em defesa das classes trabalhadoras, tendo em vista à importância da neutralidade nas ações profissionais. a crítica feita pelo Serviço Social obteve apenas reflexo nas epistemologias de inspiração marxista, sobretudo aquelas com defasagem teórica e enviesada, sem recorrer às fontes originais.