"Há alguns anos, em relato sobre o julgamento de Eichmann em Jerusalém, mencionei a banalidade do mal. Não quis, com a expressão, referir-me a teoria ou doutrina de qualquer espécie, mas antes a algo bastante factual, o fenômeno dos atos maus, cometidos em proporções gigantescas; atos cuja raiz não iremos encontrar em uma especial maldade, patologia ou convicção ideológica do agente; sua personalidade destacava-se unicamente por uma extraordinária superficialidade".
(ARENDT Hannah. A dignidade da política: ensaios e conferências. Trad. Antonio Abranches. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1993, p.145).
A respeito do conceito de banalidade do mal elaborado por Hannah Arendt, considere as afirmações abaixo:
I. Demonstra a falta de responsabilidade e renúncia pela capacidade de pensar sobre os limites do uso da razão e da obediência cega e absoluta às leis.
II. Sugere que é legitimo e racional obedecer às leis sejam quais forem as circunstâncias.
III. Revela a apatia diante do mal e a falta de senso crítico e reflexão quando as leis e regras coletivas são obedecidas sem que se consideres os seus malefícios a grupos humanos.
IV. Afirma que não é possível responsabilizar indivíduos que realizam atos bárbaros, pois perderam a capacidade de refletir.
É correto o que se afirma em:
Opções de pergunta 8:
II e IV, apenas.
I e II, apenas.
I e IV, apenas.
I e III, apenas.
III e IV, apenas.
A resposta correta é a alternativa "I e III, apenas". A banalidade do mal, conceito elaborado por Hannah Arendt, sugere que a obediência cega às leis e regras coletivas pode levar a atos maus cometidos em proporções gigantescas, revelando a apatia diante do mal e a falta de senso crítico e reflexão. Isso demonstra a falta de responsabilidade e renúncia pela capacidade de pensar sobre os limites do uso da razão. No entanto, o conceito não sugere que é legítimo e racional obedecer às leis sejam quais forem as circunstâncias, nem afirma que não é possível responsabilizar indivíduos que realizam atos bárbaros, pois perderam a capacidade de refletir.
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