Quais as diferenças entre as principais definições de tortura? A nível internacional e nacional.

A tortura é definida como qualquer ato pelo qual a dor ou sofrimento agudo, físico ou mental, é intencionalmente infligido a uma pessoa com o objetivo de obter informações ou confissões, punir, intimidar ou coagir. A nível internacional, a definição de tortura é estabelecida pela Convenção das Nações Unidas contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, que define a tortura como "qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são intencionalmente infligidos a uma pessoa com o objetivo de obter dela ou de uma terceira pessoa informações ou confissões, de puni-la por um ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido, de intimidá-la ou coagi-la ou de qualquer outra razão baseada em discriminação de qualquer tipo, quando tal dor ou sofrimento é infligido por um funcionário público ou outra pessoa no exercício de funções públicas, ou por sua instigação ou com seu consentimento ou aquiescência". No Brasil, a tortura é definida pela Lei nº 9.455/1997 como "a constrangimento físico ou moral, sob a forma de dor ou sofrimento intenso, cometido por agente público ou a seu instigação, ou com sua autorização, consentimento ou aquiescência, com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa, ou ainda para provocar-lhe ação ou omissão de natureza criminosa". A lei também estabelece que a tortura é crime inafiançável e imprescritível, e que o agente público que a comete pode ser punido com pena de reclusão de dois a oito anos.