Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil desde 2002, representa um marco significativo na promoção da segurança e qualidade na m...

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil desde 2002, representa um marco significativo na promoção da segurança e qualidade na medicina transfusional. Este sistema é dedicado ao monitoramento, coleta, avaliação e disseminação de informações sobre efeitos adversos ou inesperados relacionados ao uso de sangue e hemocomponentes. Seu principal objetivo é prevenir a ocorrência ou recorrência desses eventos, contribuindo para a segurança dos pacientes e a eficácia das transfusões sanguíneas. O ciclo do sangue, elemento central na hemovigilância, compreende todas as etapas desde a doação até a transfusão do sangue e seus componentes ao paciente. Inicia-se com a seleção e captação de doadores, passando pela coleta, processamento, armazenamento e distribuição do sangue e termina com a transfusão ao receptor. Cada uma dessas etapas é rigorosamente controlada e monitorada para garantir a qualidade e a segurança do sangue e hemocomponentes. O monitoramento em hemovigilância é um processo contínuo e sistemático de vigilância pós-mercado, que envolve a detecção, coleta, análise e resposta a informações sobre eventos adversos e reações transfusionais. Esse processo é fundamental para identificar problemas relacionados à qualidade do sangue, práticas de transfusão e eficácia dos hemocomponentes, permitindo a implementação de medidas corretivas e preventivas. Os eventos notificados em hemovigilância são utilizados para fins educativos, estatísticos e de segurança. Informações sobre reações transfusionais adversas, erros de procedimento e outros incidentes são analisados para identificar tendências, avaliar riscos e desenvolver estratégias para prevenir sua ocorrência. Essa análise contribui para a educação contínua dos profissionais de saúde, aprimoramento das práticas transfusionais e fortalecimento da segurança do paciente. Além disso, os dados coletados servem como base para pesquisas científicas e para a formulação de políticas públicas na área da saúde. Para o aperfeiçoamento contínuo da qualidade e segurança da terapia transfusional, a hemovigilância se apoia em fontes bibliográficas e diretrizes internacionais, como as publicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Estas fontes oferecem recomendações baseadas em evidências para a prática transfusional, gestão de riscos e promoção de uma cultura de segurança na saúde. Em suma, a hemovigilância é um pilar essencial para a segurança do paciente e a eficácia da medicina transfusional. Por meio do monitoramento rigoroso e da análise de eventos adversos, contribui para a prevenção de riscos, a educação dos profissionais e o aprimoramento das práticas de transfusão de sangue. Assim, reafirma-se como um processo vital na vigilância em saúde, promovendo uma transfusão sanguínea mais segura e eficaz.