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Disse um empresário do setor logístico que, após a paralisação motivada pela pandemia 2020, mercados retornaram com a necessidade de recuperar os g...

Disse um empresário do setor logístico que, após a paralisação motivada pela pandemia 2020, mercados retornaram com a necessidade de recuperar os ganhos perdidos com a mesma força das águas represadas de um rio. Muitas encomendas paradas rumavam agora para seus destinos, saturando algumas companhias com o movimento de cargas e com a habitual pressa de entregar os pedidos, honrando os compromissos contratuais. Decorre que uma situação inusitada ocorreu com um operador logístico, no qual esse fora designado a receber uma carga muito importante despachada em um cargueiro de um aeroporto da américa do norte. Só havia aquele voo naquela data para o continente sul americano. Tratava-se de 10 frascos de sangue de caranguejo-ferradura acondicionados adequadamente em caixa para transporte. Vale constar que o caranguejo-ferradura, ou também conhecido por Límulo, é um tipo de caranguejo encontrado na Costa Leste dos EUA, de onde se extrai o sangue para uso medicinal. Além de chamar muito a atenção por ser um sangue de coloração azul devido à presença de hemocianina para o transporte de oxigênio nas células sanguíneas, o sangue permite testar se há alguma bactéria presente em equipamentos médicos e vacinas com grande rapidez. Portanto, seu grande trunfo é que é uma substância que evita mortes por infecção e que por conta disso, um litro dessa substância chega a custar R$75.000,00, não tendo sido ainda desenvolvida uma versão sintética desse produto. O operador logístico contatado teria 72 horas após chegar ao terminal brasileiro de Campinas - SP para rumar para localidades ao longo da estrada chamada Troncal 10 em território de país vizinho à fronteira norte do Brasil, onde se tinha relatos de que se iniciava uma crise de saúde pública, e o governo não tinha meios de debelá-la. A caixa chegou em Campinas – SP, em um sábado às 19h, conforme combinado, e deveria ser retirada por uma pessoa que já estaria sabendo da urgência da entrega e do que deveria ser feito. Além de ser uma data que caía em meio a um feriado prolongado, ocorreu que essa pessoa, por força das circunstâncias, teve de ser internada às pressas em um hospital, tendo sido pedido a um familiar repassar as informações para algum colega de trabalho. Infelizmente, tão somente fora repassado de que a carga deveria seguir para Pacaraima-RR, para de lá seguir com os representantes da ONG para as localidades daquela região. A caixa foi para São Paulo e ficou até quarta-feira aguardando ser notada e ser despachada. E isso só ocorreu depois de um “gringo” entrar em contato com a filial reclamando pela carga. Seu atendimento telefônico foi muito precário, pois além da secretária não falar o idioma inglês, o reclamante tinha um péssimo português. A única instrução que havia sido escrita na caixa encontrada era “ENTREGAR EM 72”. O gestor achou por bem enviar a carga em um caminhão, sabendo que o percurso de São Paulo a Pacaraima demoraria 81h, e também achou que ninguém se importaria com um pouco de demora já que seriam 4813 km de distância. Bom, a carga fora despachada naquele mesmo dia, tendo chegado ao destino numa segunda-feira, por conta de vários problemas como travessias nas balsas, recuperação de estradas e chuvas torrenciais. Ou seja, mais de uma semana depois da chegada ao país. Ainda que tendo recebido mais três ligações com reclamações nada agradáveis, o gestor se sentiu tranquilo, afinal de contas a carga estava entregue. Mas o produto havia se deteriorado. O que analisar sob o contexto logístico essa situação?

Respostas

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Essa situação apresenta diversos problemas logísticos que poderiam ter sido evitados com uma melhor gestão e planejamento. Alguns pontos que podem ser analisados são: 1. Falta de comunicação: A falta de comunicação entre as partes envolvidas na entrega da carga, como a pessoa que deveria retirar a caixa em Campinas e a empresa de logística, causou atrasos e problemas na entrega. 2. Falta de controle de qualidade: A carga era extremamente sensível e valiosa, mas não houve um controle de qualidade adequado para garantir que ela fosse transportada corretamente e chegasse em boas condições. 3. Falta de planejamento: O gestor da empresa de logística não planejou adequadamente a rota e o tempo de entrega, o que resultou em atrasos e problemas na entrega. 4. Falta de treinamento: A empresa de logística não tinha funcionários treinados para lidar com clientes estrangeiros, o que resultou em problemas de comunicação e atendimento. Esses são apenas alguns dos problemas logísticos que podem ser identificados nessa situação. É importante que as empresas de logística tenham um planejamento adequado, comunicação eficiente e treinamento para seus funcionários, além de um controle de qualidade rigoroso para garantir que as cargas sejam entregues com segurança e eficiência.

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