Casimiro de Abreu é um dos principais representantes da Segunda Geração do Romantismo brasileiro, que se caracterizou por uma poesia mais subjetiva e sentimental. Em seu livro "Primaveras", é possível perceber algumas características que o afastam da poesia de cunho nacionalista da Primeira Geração. Uma das características que se destacam na poesia de Casimiro de Abreu é a presença de um eu lírico extremamente sentimental e emotivo, que se expressa de forma intensa e apaixonada. Isso pode ser observado no poema "Amor e Medo", em que o eu lírico se mostra profundamente afetado pelas emoções que o cercam: "Amor!... medo horrível de perdê-lo! / Dor!... receio atroz de o ver sofrer!". Outra característica que se destaca na poesia de Casimiro de Abreu é a presença de uma natureza idealizada e romântica, que serve como pano de fundo para as emoções do eu lírico. Essa natureza é descrita de forma idílica e poética, como podemos ver no trecho do prefácio em que o autor fala sobre a "doce e suave poesia das flores e dos pássaros". Essa idealização da natureza é também evidente no poema "Amor e Medo", em que o eu lírico se compara a uma "flor que murcha e morre" diante da ausência do amado. Por fim, uma terceira característica que se destaca na poesia de Casimiro de Abreu é a presença de um tom melancólico e saudosista, que reflete a nostalgia do autor por um passado idealizado. Isso pode ser observado no poema "Amor e Medo", em que o eu lírico se lamenta pela passagem do tempo e pela perda da juventude: "Ah!... como é triste a vida!... como é vã! / Como é fugaz a mocidade bela!". Essas características, portanto, relacionam Casimiro de Abreu à vertente mais sentimentalista do Romantismo brasileiro, que se caracterizou por uma poesia subjetiva, emotiva e idealizada. Ao mesmo tempo, afastam o autor da poesia de cunho nacionalista da Primeira Geração, que buscava retratar a realidade brasileira de forma objetiva e racional.
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