Imitando abertamente a arte mais que a vida, a literatura contemporânea tem-se tornado autoconscientemente intertextual, chamando atenção para a natureza social da linguagem e da criação.
Os textos de todas as alternativas exemplificam o que se entende por intertextualidade, isto é, o diálogo que se estabelece entre textos, exceto:
A) Papel
E tudo o que pensei
E tudo que eu falei
E tudo que me contaram
Era papel
E tudo que descobri
Amei
Detestei
Papel
Papel quanto havia em mim
E nos outros, papel
De jornal
De parede
De embrulho
Papel de papel
Papelão.
Carlos Drummond de Andrade. As impurezas do branco.
B) Pica-pau amarelo
Emília luta
contra Tarzã
Lobato
Contra o entreguismo
Uma questão de patriotismo
O que é isso,
Meu Deus?
Silviano Santiago. Crescendo durante a guerra numa província ultramarina.
C) Ladainha
(...)
Por que levantar o braço
Para colher o fruto?
A máquina o fará por nós.
Por que labutar no campo, na cidade?
A máquina o fará por nós.
Por que pensar, imaginar?
A máquina o fará por nós.
Por que fazer um poema?
A máquina o fará por nós.
Por que subir a escada de Jacó?
A máquina o fará por nós.
Ó máquina, orai por nós.
Cassiano Ricardo. Jeremias sem chorar.
D) Segunda
Não achei a Távora mas vi o King-Kong na
pracinha. Análise. Leu-se e comentou-se que
o regime não vai cair.
Clímax alencariano das Duas Vidas
Terça
Parque Lage com Patinho. Yoga. Sopa chez
Avó.
Di do Glauber.
Ana Cristina Cesar. A teus pés.
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Fundamentos e Metodologia da Alfabetização e Letramento
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