Jean-Paul e a teoria do ego transcendente: incursões sumárias
Para que tal investigação seja possível, tentaremos situar a seguinte questão nortead...
Jean-Paul e a teoria do ego transcendente: incursões sumárias Para que tal investigação seja possível, tentaremos situar a seguinte questão norteadora: quais os motivos pelos quais, o Ego, tal qual descrito por Sartre, é um Ego transcendente e não transcendental? Para melhor contextualizarmos essa questão, faz-se necessário, destacar que Sartre retoma criticamente, ao longo de sua obra, teorias que afirmam a materialidade do homem e do Universo. Antes de tudo, ele observa que frente a uma forma de desdenhar a ciência e as técnicas vigentes da psicologia analítica, “empoeirada que ensinavam na Sorbonne, trata-se de opor uma compreensão concreta, logo sintética, dos indivíduos”1. Ou como bem descrevia Beauvoir, “o que o interessava antes de tudo eram as pessoas”. (BEAUVOIR, 2009, p. 33). E esse interesse, se confirmou na década de 1930, quando o filósofo francês, ainda jovem, quis conhecer e compreender os fundamentos da fenomenologia alemã, até então desconhecida, tanto por ele, quanto por seus mestres da filosofia francesa.
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