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OAB tem 'guerra' de pareceres sobre projeto de lei das fake news Há pelo menos dois pareceres que circulam na entidade, com visões totalmente opost...

OAB tem 'guerra' de pareceres sobre projeto de lei das fake news Há pelo menos dois pareceres que circulam na entidade, com visões totalmente opostas - um avalia a proposta como um possível mecanismo de censura, e outro considera o conteúdo promissor. [...] Na visão de Sydney Sanches, a discussão sobre o nível de responsabilidade das plataformas com os conteúdos publicados pelos usuários ocorre no mundo todo e deve avançar no Brasil. “O projeto de lei tende a ser alterado, espero que para melhor. Tem questões que precisam um pouco mais de carinho, o próprio artigo que trata da rastreabilidade dos dados precisa de um ajuste a fim de atender a Lei Geral de Proteção de Dados, mas isso não significa dizer que o resto está condenado”, afirmou o jurista. Na prática, um dos principais pontos de divergência no projeto das fake news envolve o Conselho de Transparência previsto no texto. Segundo a proposta aprovada no Senado, o Conselho de Transparência serviria para a realização de estudos, pareceres e recomendações sobre liberdade, responsabilidade e transparência na internet, além de acompanhar as medidas previstas em uma eventual nova lei. “Estaria esse Conselho imbuído de um propósito de definir, inclusive e meritoriamente, o que é desinformação. Na essência, o que aparentemente é apenas um órgão consultivo, diante do cabedal de competências enfeixado pela proposta legislativa parece criar, na verdade, uma agência reguladora da informação, o que é, de todo olhar, temerário para um Estado democrático de Direito”, disse a relatora Sandra Krieger. Ela afirmou que o conselho não é necessário e que o Estado já possui “elementos para criar consequências e responsabilização civil” para coibir a propagação de notícias falsas. “É preciso passar pelo crivo do Judiciário, e não de um conselho que vai ser gerido e a gente não sabe como vai funcionar. Por exemplo, se a pessoa tem um perfil falso com a sua foto, no momento em que a rede social recebe de mim que aquele perfil é falso, ela tem de automaticamente tirar do ar", disse Krieger. Para Sanches, no entanto, o Conselho de Transparência não pode ser equiparado a um órgão regulador. "É uma alternativa que o projeto de lei dá, inclusive porque a agência não vai fiscalizar o conteúdo, nem a lei tem essa finalidade", ponderou. (Julia Lindner, O Estado de S.Paulo 23 de julho de 2020). Considerando as informações apresentadas é correto afirmar que: A) A palavra desinformação para o texto do projeto legislativo causou confusão nos pareceres emitidos pelos juristas. Visto que os dois consideram que a palavra por si só caracteriza quais as mensagens podem ser consideradas desinformação. B) Para a relatora Sandra Krieger, a proposta de criação de Conselho de Transparência, não fere a LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, ainda assim não deve ser criado, porque seu papel seria irrelevante, ao ficar definindo o que é desinformação. C) No início do texto o autor menciona opiniões diferentes sobre a análise técnica dos juristas em relação do projeto de lei de fake news, sendo que uma parecer é favorável e outro vislumbra na proposta um possível mecanismo de censura. Analisando a segunda avaliação (possível mecanismo de censura), é correto dizer que rastrear fake news acaba ferindo requisitos de segurança da informação - ISO 27001. D) O texto demonstra uma divergência de opinião técnica sobre o projeto de lei das fake news, quando uma das partes entende que a LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais é suficiente para atribuir sanções, para todos aqueles que distribuírem notícias falsas. E) Quando o texto menciona a fala da relatora Sandra Krieger - “Ela afirmou que o conselho não é necessário e que o Estado já possui “elementos para criar consequências e responsabilização civil” para coibir a propagação de notícias falsas.” Significa que dentro da teoria Tridimensional do Direito de Miguel Reale (fato, valor e norma), já existe legislação suficiente para evitar a distribuição de falsas notícias, o que é necessário são apenas interpretações pelo Poder Judiciário para que isso ocorra.

💡 1 Resposta

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A alternativa correta é a letra B. A relatora Sandra Krieger considera que o Conselho de Transparência não é necessário e que o Estado já possui "elementos para criar consequências e responsabilização civil" para coibir a propagação de notícias falsas, mas não afirma que a proposta fere a LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

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