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A prevalência do TOD em diagnóstico isolado hoje é de aproximadamente 6% a 16%; a incidência como comorbidade secundária no TDAH é de 50%, e no autismo esse percentual é de 29%. O crescimento do TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR. Novos estudos indicam que o TOD consiste em múltiplas dimensões, e essas diferentes dimensões podem estar associadas a transtornos externalizantes e internalizantes, posteriormente. A característica principal do TOD é estar incluído nos transtornos disruptivos, cujos sintomas principais são a criança apresentar um padrão de comportamento negativo, desafiador, desobediente e hostil, todos com intensidade, frequência e duração acima do esperado para sua idade, e, em alguns casos, o descontrole emocional pode levar à agressividade e a alguns episódios de violência verbal e física. A prevalência do TOD em diagnóstico isolado hoje é de aproximadamente 6% a 16%; a incidência como comorbidade secundária no TDAH é de 50%, e no autismo esse percentual é de 29%. O quadro é de maior incidência nos meninos, para a primeira e segunda infância, e de incidência igualitária em meninas e meninos na adolescência. Hoje, os números de casos vêm subindo, mas sugere-se que tais dados sejam mais relevantes porque os testes específicos, bem como o conhecimento dos profissionais, estão favorecendo o reconhecimento dos sintomas principais, que em sua grande maioria podem ser detectados de forma eficaz por meio de protocolos específicos. Correlatos Hormônios e neurotransmissores – Uma das linhas atuais de maior investigação são os estudos com base nos hormônios e neurotransmissores, A criança com TOD apresenta um padrão de comportamento desafiador, desobediente e hostil, com intensidade e frequência acima do esperado. A primeira etapa é a observação e anotação dos sintomas em três etapas: frequência, duração e intensidade dos comportamentos disruptivos. A criança não apresenta tais sintomas somente em casa, vai apresentar em todos os locais que frequenta e, dependendo do fator causador, poderá apresentar maior intensidade ou não. Outro meio de detecção é através do quadro de diagnóstico clínico do DSM-V, que nos orienta com os critérios para diagnóstico. Código 313.81 (F91.3) A – Um padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa com duração de pelo menos seis meses, como evidenciado por pelo menos quatro sintomas de qualquer das categorias seguintes exibido na interação com pelo menos um indivíduo que não seja irmão. HUMOR RAIVOSO/IRRITÁVEL – Com frequência perde a calma. – Com frequência é sensível ou facilmente incomodado. – Com frequência é raivoso e ressentido. COMPORTAMENTO QUESTIONADOR/ DESAFIANTE 4 – Frequentemente questiona figuras de autoridade ou, no caso de crianças e adolescentes, adultos. 5 – Frequentemente desafia acintosamente ou se recusa a obedecer as regras ou pedidos de figuras de autoridade. 6 – Frequentemente incomoda deliberadamente outras pessoas. 7 – Frequentemente culpa outros por seus erros ou mau comportamento. ÍNDOLE VINGATIVA 8 – Foi malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses. NOTA: A persistência e a frequência desses comportamentos devem ser utilizadas para fazer a distinção entre um comportamento dentro dos limites normais e um comportamento sintomático. No caso de crianças com 5 anos ou mais, o comportamento deve ocorrer pelo menos uma vez por semana durante no mínimo seis meses, exceto se explicitado de outro modo (critério A8). Embora tais critérios de frequência sirvam de orientação quanto a um nível mínimo de frequência para definir os sintomas, outros fatores também devem ser considerados, tais como se a frequência e intensidade dos comportamentos estão fora de uma faixa normativa para o nível de desenvolvimento, o gênero e a cultura do indivíduo. B – A perturbação no comportamento está associada a sofrimento para o indivíduo ou para os outros em seu contexto social imediato (p. ex., família, grupo de pares, colegas de trabalho) ou causa impactos negativos no funcionamento social, educacional, profissional ou outras áreas importantes da vida do indivíduo C – Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno psicótico, por uso de substância, depressivo ou bipolar. Além disso, os critérios para transtorno disruptivo da desregulação do humor não são preenchidos. ESPECIFICAR A GRAVIDADE ATUAL: Leve: Os sintomas limitam-se a apenas um ambiente (p. ex., em casa, na escola, no trabalho com os colegas). Moderada: Alguns sintomas estão presentes em pelo menos dois ambientes. Grave: Alguns sintomas estão presentes em três ou mais ambientes. Fonte: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5. 5ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. Atualmente, vem se buscando distinguir os dois subtipos do TOD e suas dimensões, que foram abordados por pesquisadores da Universidade de Calgary, no Canadá

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Pedagogiando

há 2 anos

Respostas

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há 2 anos

O texto apresenta informações sobre o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD), que é um transtorno disruptivo que se caracteriza por um padrão de comportamento negativo, desafiador, desobediente e hostil, com intensidade, frequência e duração acima do esperado para a idade da criança. A prevalência do TOD em diagnóstico isolado hoje é de aproximadamente 6% a 16%; a incidência como comorbidade secundária no TDAH é de 50%, e no autismo esse percentual é de 29%. O quadro é mais comum em meninos na primeira e segunda infância, e igualmente comum em meninos e meninas na adolescência. O diagnóstico pode ser feito por meio de observação e anotação dos sintomas em três etapas: frequência, duração e intensidade dos comportamentos disruptivos, ou por meio do quadro de diagnóstico clínico do DSM-V.

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A primeira etapa para detectar o problema é observação dos sintomas em três etapas: frequência, duração e intensidade dos comportamentos disruptivos. A criança não apresenta tais sintomas somente em casa. Como diferenciar os sintomas nas comorbidades: Sintomas – hostilidade com os pais (TDAH - e TOD +); destrutividade (TDAH - e TOD +); distração/desatenção (TDAH + e TOD -); dificuldade escolar (TDAH ++ e TOD - ou +); sentimento de culpa (TDAH + e TOD -); comportamento antissocial na família (TDAH - e TOD - ou +). O que mais ouvimos, quando se inicia um atendimento terapêutico, e isso é em quase 90% dos casos, é que somente a criança necessita de atendimento, pois os pais visam apenas corrigir o que está visível. Entretanto, se esquecem que todos são afetados pelo transtorno. Muitos casais não compreendem que suas ações e atos interferem de forma crucial no desenvolvimento e eficácia do tratamento. A criança/jovem, em todos os momentos, sente o que de fato acontece na família e se ele(a) é realmente compreendido(a) ou não. O treinamento parental é a base para compreender o que realmente acontece com a pessoa com TOD, como eles se sentem, reagem e interpretam o seu entorno. O treinamento consiste em preparar os pais e responsáveis para intervir de forma eficaz, com controle da situação. O primeiro passo é reconhecer os sintomas do TOD, saber quando é uma birra (porque toda criança faz birra) e quando é uma crise, saber essa diferença facilita muito o segundo passo, que é saber qual a atitude a ser tomada. Ainda não há estudos que comprovem efetivamente a eficácia real de nenhum dos fármacos, mas, sim, uma redução dos sintomas, levando em consideração cada caso. Analisando-se os efeitos adversos, alterando-se as dosagens e monitorando-se o processo pode-se chegar ao fármaco mais propício à criança. Infelizmente, os sintomas do TOD, em sua grande maioria, não são reduzidos somente com a terapia e o treinamento parental. Em 2,7% a 40% de ocorrência do caso é necessário o tratamento farmacológico conjunto para que se alcancem os resultados esperados. O transtorno opositivo desafiador, quando isolado, é tratado com terapia psicológica específica para modelação de comportamento. É a cognitiva-comportamental. Outro aspecto é o treinamento parental em conjunto, para que todos os procedimentos que são utilizados nas terapias sejam reforçados em casa. Assim, a criança consegue realmente compreender que tais esforços são para sua mudança e redução dos sintomas. O TOD não tem uma cura específica, mas uma redução significativa dos sintomas, chegando à possibilidade de autorregulação por parte da criança/jovem. Quando a criança apresenta o TOD como uma comorbidade concomitante ao TDAH se faz necessária a introdução de medicação para controlar os sintomas pertinentes ao TDA-H e minimizar os efeitos coligados dos transtornos.

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