Na Antiguidade, não havia distinção entre filosofia e ciência. Como foi dito em aula anterior, o filósofo era aquele que tinha acesso, pelo pensame...
Na Antiguidade, não havia distinção entre filosofia e ciência. Como foi dito em aula anterior, o filósofo era aquele que tinha acesso, pelo pensamento, à “physis”, ou seja, à ordem natural, ao mecanismo que regia as coisas, aos princípios de organização da realidade. A pesquisa sobre a physis era, portanto, uma das bases da reflexão filosófica clássica, que tinha como tarefa, dentre outras, a observação do cosmos, dos fenômenos da natureza afim de estabelecer uma inteligibilidade e uma racionalidade. Hoje chamamos esse tipo de conhecimento de “ciência”, mas, entre os antigos gregos, ele não se distinguia da filosofia, que, etimologicamente significa justamente “amor” (philia) pelo “saber” (sofia).
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