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O art. 1º do novo CPC expressa a noção de que o processo civil não está dissociado da CF/1988 e que, dessa maneira, as normas processuais devem ser interpretadas à luz dos preceitos constitucionais, traduzindo o fenômeno conhecido como constitucionalização do processo. Esse fenômeno pode ser expresso pela:

A) Noção de paridade de tratamento entre as partes em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, competindo ao Ministério Público zelar pelo efetivo contraditório;
B) Normatização do princípio da razoável duração do processo, considerando-se para tanto a solução integral do mérito, sem observar a atividade satisfativa;
C) Adoção do princípio da cooperação, em decorrência do princípio da solidariedade, devendo as partes cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva;
D) Assunção do princípio da não surpresa, que proíbe o juiz de decidir com base em fundamento sobre o qual as partes não se manifestaram, exceto quando se trate de matéria que tenha de decidir de ofício;
E) Consagração do contraditório, como um direito de ser ouvido apenas após a decisão judicial.
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há 2 anos

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há 4 meses

Para responder à sua pergunta, vamos analisar cada uma das alternativas em relação ao que o art. 1º do novo CPC expressa sobre a constitucionalização do processo civil. A) Noção de paridade de tratamento entre as partes em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, competindo ao Ministério Público zelar pelo efetivo contraditório; - Essa alternativa fala sobre a igualdade entre as partes e o papel do Ministério Público, mas não aborda diretamente a constitucionalização do processo. B) Normatização do princípio da razoável duração do processo, considerando-se para tanto a solução integral do mérito, sem observar a atividade satisfativa; - Embora mencione a duração do processo, não reflete a ideia de constitucionalização de forma clara. C) Adoção do princípio da cooperação, em decorrência do princípio da solidariedade, devendo as partes cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva; - Esta alternativa reflete bem a ideia de que as partes devem colaborar para um processo mais justo e eficiente, alinhando-se à noção de constitucionalização. D) Assunção do princípio da não surpresa, que proíbe o juiz de decidir com base em fundamento sobre o qual as partes não se manifestaram, exceto quando se trate de matéria que tenha de decidir de ofício; - Essa alternativa é importante, mas não é a que melhor expressa a ideia de constitucionalização. E) Consagração do contraditório, como um direito de ser ouvido apenas após a decisão judicial. - Essa alternativa está incorreta, pois o contraditório deve ser garantido antes da decisão, não apenas depois. Após essa análise, a alternativa que melhor expressa o fenômeno da constitucionalização do processo, conforme o art. 1º do novo CPC, é: C) Adoção do princípio da cooperação, em decorrência do princípio da solidariedade, devendo as partes cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

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há 2 anos

A alternativa correta é a letra C) Adoção do princípio da cooperação, em decorrência do princípio da solidariedade, devendo as partes cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. O fenômeno da constitucionalização do processo civil, mencionado no art. 1º do novo CPC, implica que as normas processuais devem ser interpretadas à luz dos preceitos constitucionais, e a adoção do princípio da cooperação é uma das formas de concretizar essa ideia, uma vez que as partes devem cooperar entre si e com o juiz para que se obtenha uma decisão justa e efetiva em tempo razoável.

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De acordo com o que dispõe o CPC/15 �Lei nº 13.105�, no procedimento comum, o juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito:
Julgará liminarmente improcedente o pedido, condenando o autor ao pagamento das custas do processo e litigância de má-fé;
Julgará liminarmente improcedente o pedido, condenando o autor ao pagamento das custas do processo;
Determinará que o autor, no prazo de quinze dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado, e, se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial;
Determinará que o autor, no prazo de dez dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado, e, se o autor não cumprir a diligência, o juiz julgará improcedente o pedido inicial;
Determinará que o autor, no prazo de cinco dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado, e, se o autor não cumprir a diligência, o juiz julgará improcedente o pedido inicial.

A) Julgará liminarmente improcedente o pedido, condenando o autor ao pagamento das custas do processo e litigância de má-fé;
B) Julgará liminarmente improcedente o pedido, condenando o autor ao pagamento das custas do processo;
C) Determinará que o autor, no prazo de quinze dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado, e, se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial;
D) Determinará que o autor, no prazo de dez dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado, e, se o autor não cumprir a diligência, o juiz julgará improcedente o pedido inicial;
E) Determinará que o autor, no prazo de cinco dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado, e, se o autor não cumprir a diligência, o juiz julgará improcedente o pedido inicial.

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