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venha sendo deturpado, para não dizer desnaturado, pelo Sr. ....... que, burlando a legislação pátria, vende os imóveis sem a devida escritura púb...

venha sendo deturpado, para não dizer desnaturado, pelo Sr. ....... que, burlando a legislação pátria, vende os imóveis sem a devida escritura pública para depois tratar os compradores como se estes tivessem apenas o domínio útil da propriedade, impedindo-lhes, por conseguinte a plenitude deste direito real. Tal prática, além de produzir enriquecimento ilícito ao Sr.........., constitui-se, ainda, um ato de má-fé para com os compradores, pois estes vivem a ilusão de que possuem um registro de propriedade com eficácia de gerar outros negócios jurídicos, tais como a venda e a doação. Não raro, esta Promotora de Justiça, no exercício da atividade de atendimento ao público, constata a fisionomia de espanto e de indignação dos atendidos quando informa aos mesmos que o documento que têm em mão (um destes anexados a esta petição) não se trata de uma escritura de compra e venda e não é um título que demonstre a titularidade da propriedade, que permita, por consequência, a viabilidade para os negócios jurídicos. Pelo exposto, embora sabendo que a conduta ilegal do réu vem sendo praticada há várias décadas, prejudicando um grande número de pessoas, não se pode permitir que alguém mais sofra com esta prática abusiva, de modo que se entende inevitável que, em caráter liminar inaudita altera pars, seja determinado ao réu a suspensão imediata de toda e qualquer cobrança nas modalidades acima descritas ("foro" ou "laudêmio"). Sem maiores esforços, constata-se que a existência do fumuns boni juris é indiscutível, tendo em vista restar provado a inexistência de foro e enfiteuse ensejadoras das referidas cobranças. Quanto ao periculum in mora, encontra-se este presente pelo simples fato de que se não for coibido incontinenti o abuso praticado pelo réu, tende-se a perpetuar o prejuízo moral e patrimonial daqueles chamados foreiros, vez que os prejudicados além de não se sentirem proprietários pleno, dispendem uma quantia anual de R$ 5,00 (cinco reais), o que, para muitos deles, corresponde a uma feira semanal de alimentos. DOS PEDIDOS Em face do exposto, requer o Ministério Público, LIMINARMENTE: a) seja determinado, inaudita altera pars ao réu que se abstenha de cobrar quantia, seja a título de "foro", "laudêmio" ou outros similares com fundamento em vendas de propriedades sem registro de enfiteuse; b) que seja expedido mandado de busca e apreensão na residência do sr, ............, com o fito de apreender todo material pertinente ao registro dos imóveis e respectivas cobranças, visando a proteção cautelar da prova; c) tendo em vista o grande número de pessoas interessadas no presente feito, seja veiculada nas duas rádios locais (pioneiro e cultura FM) em três dias consecutivos, em turnos alternados, a decisão judicial relativa a obrigação de não fazer, requerida no item "a" supra. NO MÉRITO a) a citação do réu, para no prazo da leis, se defender, querendo, sob pena de revelia, ficando ciente de que os fatos alegados e não contestados serão tidos como verdadeiros, e finalmente que seja condenado a não cobrar valores denominados foros e laudêmios ou qualquer espécie de cobrança as pessoas que efetuaram compra de imóveis a pessoa do réu. b)que seja aplicada multa para cada cobrança indevida no valor de 2 (dois) salários mínimos caso haja descumprimento da ordem judicial, seja esta em caráter liminar ou definitivo c)que seja condenada nas custas processuais; d) por fim, que as intimações do Ministério Público sejam pessoais a esta Promotora de Justiça ou que as suas vezes fizer, nos exatos termos do disposto no art. 236, § 2º, do Código de Processo Civil. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitido, especialmente a ouvida de testemunhas, arroladas na oportunidade própria, perícia, juntada de novos documentos para prova em contrário, tudo desde já requerido. Dá-se à causa o valor de R$ ..... Nesses termos, pede e aguarda deferimento. [Local], [dia] de [mês] de [ano]. [Assinatura]

Essa pergunta também está no material:

Ação civil pública ante cobrança indevida de laudêmio
12 pág.

Direito Constitucional Avançado Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do SulUniversidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

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