3.1.1 Aspectos teóricos sobre processos de trabalho O número de plataformas digitais de trabalho quintuplicou na última década. As plataformas que...

3.1.1 Aspectos teóricos sobre processos de trabalho O número de plataformas digitais de trabalho quintuplicou na última década. As plataformas que utilizam a internet ou sistemas de localização , como táxis e entregas de variados produtos e serviços aumentou de 142 em 2010 para mais de 777 em 2020. Os dados são do relatório de 2021, publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT 2021 ). Números que permitem uma melhor compreensão de como as plataformas digitais de trabalho transformam o mundo do trabalho e as implicações para empregadores e trabalhadores. As relações de emprego mudaram com o passar dos anos, e com a crescente mudança tecnológica, a utilização em larga escala de equipamentos menores e mais rápidos e a velocidade de acesso à informação mexem nos processos de trabalho, “estas plataformas estão a conduzir a mudanças não só na organização das empresas e dos processos de trabalho, mas também, em muitos casos, na relação entre trabalhadores e empresas”( OIT 2021,p.3). Sem adentramos em aspectos quanto à validade do ponto de vista do trabalhador e da garantia de seus direitos, aqui se trata de uma outra discussão, vale tratarmos de descrições quanto ao entendimento por processos de trabalho. No caso dos profissionais do jornalismo, as plataformas de trabalho não operam diretamente sobre a mão de obra, a atuação se dá por plataformas que estão impactando as redações e o consumo de notícias-Google, Instagram, Facebook, WhatsApp, alterando a forma como a população está se informando, sobre os acontecimentos diários. A reorganização do processo de trabalho, gira em torno da introdução de novas tecnologias da comunicação e informação, com digitalização dos dados e dos processos e na convergência das mídias. A produção jornalística é mediada pelo aparato tecnológico informacional, com organização de funções no trabalho, voltada para mais o acúmulo de trabalho do que para a especialização em si, onde o jornalista precisa ser multitarefa, fazendo de tudo um pouco. Nesse sentido, a pandemia potencializou essa situação, para Fígaro(2021) a pandemia fez com que “comunicadores fossem mais requisitados ” no trabalho e em diversas esferas de atuação, tanto profissional quanto pessoal.