Milton Santos, geógrafo brasileiro, apresenta a ideia de que a globalização se apresenta em três faces distintas: fábula, perversidade e possibilidade. A globalização como fábula é a visão otimista e idealizada da globalização, que acredita em um mundo cada vez mais integrado e conectado, sem fronteiras e conflitos, onde todos seriam cidadãos de um mundo sem guerras, conflitos e diferenças. Essa tese é sustentada pelos globalistas. Porém, ao analisar a realidade, percebe-se que os benefícios da globalização não chegaram a todos os lugares, configurando assim a globalização por perversidade. Com o dinheiro cada vez mais livre para circular no mundo, os donos de capitais (transnacionais) influenciam diretamente na economia dos Estados, que estão a todo instante tentando atrair investimentos, tornando-se reféns das grandes empresas. Já a informação é considerada hoje o 4º poder, pois possui tanta autoridade e influência quanto os três poderes do Estado democrático. Os donos da informação (agências globais) manipulam as notícias, por meio da imparcialidade e de interesses próprios. A globalização como possibilidade busca alcançar meios alternativos de tornar essa globalização perversa, mais humana e justa, a partir dos próprios avanços advindos da globalização. Como por exemplo, na valorização das culturas individuas, organização de fontes alternativas de informação e movimentos como o “slow food”.
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Fundamentos e Metodologia do Ensino de História
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