Com relação à terceira habilidade avaliada, domínio da estrutura textual argumentativa, os alunos devem confirmar ou discutir sua tese por meio de ...

Com relação à terceira habilidade avaliada, domínio da estrutura textual argumentativa, os alunos devem confirmar ou discutir sua tese por meio de estratégias argumentativas diversificadas, com certo grau de ineditismo e indícios de autoria, procurando fugir, ao menos parcialmente, de uma abordagem atrelada ao senso comum. No caso dessa proposta, podem ser utilizados os dados e as informações dos textos motivadores, cuidando para que não ocorra uma cópia destes. Tratando-se de um tema vinculado às demandas democráticas, a argumentação deve levar a uma reflexão acerca dos impactos das Big Techs no processo democrático brasileiro. A partir do texto I, o estudante pode contextualizar historicamente o surgimento das Big Techs e sua significação. A partir do texto II, o aluno pode discutir, por exemplo, a influência política que essas empresas representam para a população, uma vez que, considerando que o Google é o maior site de pesquisas do mundo e recebe bilhões de acessos diários, ao fazer anúncios contrários ao PL das Fake News, uma massiva quantidade de pessoas tem acesso à informação de forma parcial, o que prejudica o processo democrático brasileiro, na medida em que as Big Techs atingem os brasileiros através de um diálogo unilateral e despolitizante, com a finalidade de induzir os cidadãos a apoiarem seu posicionamento, garantindo, assim, influência nas decisões políticas do país. Já o texto III auxilia os estudantes a contextualizarem a importância da cooperação das Big Techs, uma vez que a falta dela leva a danos gravíssimos à população, como ocorrido na situação citada no texto, em que o Twitter se negou a retirar do ar conteúdos violentos que inspiravam massacres. A partir desse texto, os alunos conseguem, também, criar uma contra-argumentação, pautando a contraditoriedade entre o discurso e a ação das empresas, uma vez que elas se escoram no argumento de liberdade de expressão, mas que essa mesma liberdade de expressão não existe quando são elas as prejudicadas, como pôde ser observado na postura do Twitter em retirar do ar uma hashtag contrária a ele, mas se negar a acatar o pedido do governo de retirar do ar conteúdos violentos. Por fim, o texto IV propicia o debate acerca do posicionamento atual das Big Techs, cujo posicionamento vai de encontro à Constituição.