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A disciplina partidária relaciona os partidos políticos com seus filiados, que devem observar as regras do partido. Se o filiado é indisciplinado, ...

A disciplina partidária relaciona os partidos políticos com seus filiados, que devem observar as regras do partido. Se o filiado é indisciplinado, poderá ser advertido, suspenso ou expulso. A advertência, suspensão ou expulsão do partido não acarreta perda do mandato, porque foi decorrente de questão interna corporis da agremiação partidária. Na Casa Legislativa, o integrante da bancada de partido deve subordinar sua ação parlamentar aos princípios e às diretrizes estabelecidas pelos órgãos de direção partidários, na forma do estatuto. O estatuto do partido poderá estabelecer, além das medidas disciplinares básicas de caráter partidário, normas sobre penalidades, inclusive com desligamento temporário da bancada, suspensão do direito de voto nas reuniões internas ou perda de todas as prerrogativas, cargos e funções que exerça em decorrência da representação e da proporção partidária, na respectiva Casa Legislativa, ao parlamentar que se opuser, pela atitude ou pelo voto, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelos órgãos partidários. Por outro lado, a fidelidade partidária tem natureza de direito público. Relaciona o mandatário com o seu partido político, mas especialmente com o eleitor, uma vez que ao votar no candidato, também votou no partido. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito. A fidelidade partidária não é questão interna corporis, portanto, a sua violação acarretará a perda do mandato político na hipótese de candidato eleito pelo sistema proporcional. Dessa forma, se um Deputado Federal muda de partido, sem justa causa, perderá o mandato, porque o mandato pertence ao partido. A competência para processar e julgar processo de perda de mandato por infidelidade partidária será do TSE, quando se tratar de mandatos federais, e pelos TREs, quando se tratar de mandatos estaduais e municipais. O juiz eleitoral não tem competência para apreciar pedido de perda de mandato por infidelidade partidária. São hipóteses de justa causa para a desfiliação partidária (art. 22-A, parágrafo único da Lei nº 9.096/95): Mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; Grave discriminação política pessoal; e Mudança de partido efetuada durante o período de 30 dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.

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Ebook de Direito Eleitoral
168 pág.

Direito Eleitoral Faculdade Sul-AmericanaFaculdade Sul-Americana

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